87% dos condomínios sem obras nos últimos 18 meses

Obras em apartamentos: em que casos é necessária a autorização do condomínio?

Taberna do Pedro

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No último ano e meio, apenas 13% dos condomínios geridos foram intervencionados, conclui o estudo “Condomínios e obras: A experiência das empresas de gestão de condomínios” realizado pela UCI com a SPIRITUC. A pesquisa, que inquiriu 200 empresas de gestão de condomínios, concluiu ainda que a maioria das obras (88%) tem um custo até 30 mil euros e que há condomínios que precisam de obras e que não as fazem porque não têm capacidade financeira, sendo favoráveis a uma alteração na lei para que possam contratar diretamente empréstimos para facilitar a realização de obras.

Maioria das obras custa até 30 mil euros e tem pequenos atrasos

  • A pintura da fachada é a intervenção mais comum (80,5%), mas também é muito frequente a reparação de pavimentos e/ou coberturas (61,5%) e a reparação de infiltrações e/ou humidade (61%);
  • O preço apresentado (88%) é o principal fator que levou à escolha das empresas a fazer as obras;
  • Em termos médios, mais de 88% das obras realizadas nos últimos 18 meses tiveram um custo de até trinta mil euros. Apenas 2,5% das empresas de gestão de condomínios refere que, na generalidade das intervenções, o custo final ficou acima do valor apresentado, o que, em média, representou mais 9% de custos;
  • De acordo com a experiência de mais de metade das empresas inquiridas, o fundo de reserva não cobriu o valor da obra na maioria dos condomínios, tendo sido a estratégia utilizada na maioria dos casos o pagamento adicional pelos condóminos, sem que nunca tenha havido recurso a financiamento bancário;
  • No que se refere aos timings de execução das obras, o previsto e o real estão muito alinhados, havendo, em média, apenas um desvio de quatro dias face ao inicialmente previsto.

Condomínios conhecem apoios, mas ainda são pouco usados

  • 98% das empresas de gestão de condomínios concordam que há condomínios que precisam de obras e que não as realizam por falta de meios financeiros.  Não é por isso de estranhar que a maioria também concorde que se a legislação fosse alterada para permitir aos condomínios contratar empréstimos isso facilitaria a realização de obras (75%);
  • A quase totalidade das empresas inquiridas admite ter conhecimento da existência de programas de financiamento de obras para melhoria da eficiência energética dos edifícios e na esmagadora maioria dos casos essa informação é passada aos condomínios aquando da necessidade de realização de obras. No entanto, apenas uma minoria dos condomínios recorreu a algum tipo de apoio (6%), sendo que desses condomínios 2/3 concorreu a apoios do Fundo Ambiental;
  • Aqueles que recorreram a fundos de apoio à realização de obras mostraram graus de satisfação média com os programas a que tiveram acesso, especialmente, com o tempo de pagamento e a tipologia de obras apoiadas.

Resultados positivos

  • O resultado das obras é positivo, uma vez que 94,5% dos inquiridos consideram que a maioria das obras cumpriu totalmente o objetivo inicial. Por outro lado, a avaliação que é feita ao estado do edifício antes e depois das obras também é bastante ilustrativa dos impactos das intervenções realizadas, passando de um valor de 4,69 em 10 para 8,77 em 10.


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