A ascensão europeia na NBA

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A liga de basquetebol norte-americana é a mais importante do mundo. Em todos os continentes, os adeptos da modalidade seguem de perto as jogadas de LeBron James, Stephen Curry, Kevin Durant, entre outros. Por mais que a maioria dos grandes nomes deste desporto seja oriunda dos Estados Unidos, existe uma legião de estrelas europeias que estão a mudar o jogo.

Giannis Antetokounmpo, Nikola Jokić e Luka Dončić são três dos mais destacados jogadores da liga e todos são europeus, o primeiro é natural da Grécia, o segundo da Sérvia e o terceiro da Eslovénia. Todos são os principais nomes das suas equipas e marcam a diferença entre a vitória e a derrota a cada partida.

Na casa de apostas o “fator europeu” faz-se notar. Na lista dos principais favoritos ao anel, o primeiro lugar é ocupado pelos Boston Celtics, equipa do italiano Danilo Gallinari — temporariamente afastado devido a uma lesão no joelho —, a seguir estão os Milwaukee Bucks, que tem como estrela maior o grego Giannis Antetokounmpo. No histórico do “Greek Freak” constam: um título (2021), dois prémios de MVP (2019 e 2020) e o prémio de melhor defesa da liga (2020).

Além do grego, as apostas basket também são muito direcionadas à jovem estrela Luka Dončić. O esloveno faz parte dos Dallas Mavericks e tem sido uma verdadeira máquina de recordes na NBA. A última façanha de Luka aconteceu na partida contra os Knicks, quando o base anotou 60 pontos, conseguiu 21 ressaltos e realizou 10 assistências. Uma marca inédita numa liga cheia de jogadores lendários.

Domínio do Velho Continente

O poder dos jogadores europeus também fica demonstrado no prémio de Jogador Mais Valioso da NBA, o famoso MVP. Desde a época 1955–56, quando o prémio foi criado, apenas quatro jogadores não norte-americanos ganharam o troféu. Três deles são europeus e um canadiano, o histórico base Steve Nash.

O primeiro a ganhar o MVP foi o lendário Dirk Nowitzki. O alemão fez carreira a defender a equipa dos Dallas Mavericks, pela qual foi campeão da NBA. Contudo, antes da glória coletiva, veio o sucesso individual. Na época 2006–07, ninguém jogou melhor do que Nowitzki. Exatamente por isso, ele foi o primeiro europeu a ganhar um MVP. Além disso, no jogo das estrelas de 2006, Nowitzki também foi o primeiro europeu a vencer o torneio de triplos.

O atual domínio europeu faz-se notar na lista dos mais recentes prémios de MVP. Nos últimos cinco anos, apenas um norte-americano levou o troféu para casa, James Harden, na época 2017–18. Desde então, as últimas quatro edições foram repartidas entre Giannis, que ganhou duas vezes seguidas, em 18–19 e 19–20, e o sérvio Nikola Jokić, que ganhou outras duas, em 20–21 e 21–22.

De olho no futuro

As equipas da NBA estão sempre a analisar o mercado de novos talentos que anualmente se apresentam no Draft. Para o evento de 2023, todas as atenções estão focadas no jovem Victor Wembanyama. O jogador francês de 19 anos e 2,19 metros de altura encantou os observadores. Todos querem Wembanyama e existem equipas dispostas a perder de propósito para aumentar as hipóteses de ficar com o jogador.

O francês é considerado o maior talento presente num evento de Draft desde LeBron James. Wembanyama deixou todos impressionados, primeiro pela sua altura e segundo pela sua habilidade. O jogador mostrou-se hábil com a bola, veloz em transição e um bom  shooter de triplos, além de defender e fazer bloqueios.

Com efeito, a NBA, um dos campeonatos mais vistos no mundo, nunca esteve então tão aberta aos talentos além-fronteiras. Muito graças também às carreiras sólidas e às contribuições dos europeus, que abriram a porta nos anos 90 para esta diversificação de talentos.

Grandes nomes como Toni Kukoc, que venceu três campeonatos ao lado de Michael Jordan, Paul Gasol, que venceu nos Lakers com Kobe Bryant, ou Tony Parker, pilar dos Spurs, que venceram quatro anéis, foram os pioneiros a mostrar que a vitória também está no gene dos basquetebolistas europeus.

Assim, ao misturar jogadores formados nas universidades norte-americanas com atletas criados no basquetebol europeu, a liga ganhou maior diversidade e o jogo está cada vez mais atrativo. O equilíbrio entre poder físico e tático é enriquecedor para o desporto e para os adeptos, que podem desfrutar de um jogo ainda mais completo com jogadores com diferentes estilos de jogo.



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