Administração do Leixões convida autarquia a fazer auditoria às contas do clube

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A administração do Leixões convidou hoje a Câmara de Matosinhos, em carta enviada ao presidente da autarquia, Guilherme Pinto, a realizar uma auditoria às contas do clube da II Liga de futebol.

“Solicito que se consiga a aprovação da Câmara para contratar uma auditoria, sob a égide da autarquia, para serem auditadas as contas desde 2001”, pode ler-se na missiva, assinada por Carlos Oliveira, presidente do clube e acionista maioritário da SAD.

Na carta endereçada ao presidente da câmara e partilhada na página oficial do clube, lê-se ainda que “o Leixões não tem dinheiro para o fazer”, mas o emblema matosinhense defende que “seria de toda a importância encerrar este clima”.

O clube apela ainda a que “a Câmara nomeie uma comissão de acompanhamento da atual gestão e verifique o que está em curso e a utilização dos fundos municipais”.

A administração do emblema de Matosinhos justifica a carta agora enviada ao independente Guilherme Pinto com o facto de ter tomado conhecimento das declarações, na última reunião de câmara, de “um vereador do PSD e de outro do PS”.

“Não podemos deixar de repudiar vivamente que quem nada fez por esta instituição, que reconhecem centenária e do maior interesse para o concelho, possa vir mais uma vez lançar para o ar suspeitas sobre quem cá tem estado ou cá está”, lê-se no início da missiva.

Durante a última reunião pública da Câmara de Matosinhos, que decorreu na terça-feira, a situação financeira do Leixões foi abordada pelo vereador do PSD, Pedro da Vinha Costa, que considerou que o clube é “a mais importante instituição desportiva do concelho”, realçando que é uma “instituição a que a câmara tem estado intimamente ligada, nem sempre pelos melhores motivos”.

O vereador social-democrata quis, por isso, saber qual a situação atual do Leixões, tendo ainda questionado a maioria sobre o processo de venda das ações (da SAD) que a câmara detém.

O vice-presidente Eduardo Pinheiro – que presidiu à reunião – explicou então que a hasta pública para a venda das ações tinha ficado deserta e por isso a autarquia aguarda esclarecimentos para saber como irá proceder.

Garantiu ainda que ninguém no executivo “ignora ou é alheio aos problemas do clube”, mas ressalvou que, como não dispunha naquele momento de informações sobre as questões colocadas, estas iriam posteriormente ser respondidas por escrito.

“Como foi na Câmara que se falou, deverá ser então a Câmara a ajudar a repor a verdade: criem condições para ser feita uma auditoria geral, pois quem não deve, não teme”, conclui a carta agora enviada pela administração do Leixões a Guilherme Pinto.

inSapo


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