Alexandre Pascoal regressa a Portugal após 11 meses de viagem de bicicleta até à China

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A chegada está marcada para este sábado, ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, onde se espera uma grande receção preparada por familiares, amigos e admiradores.


Depois de 11 meses e mais de 15 mil quilómetros pedalados, o leceiro Alexandre Pascoal, de 51 anos, regressa a Portugal no próximo sábado, 21 de dezembro, pelas 15h30. A aventura, que começou com o objetivo de chegar à China de bicicleta, ficou marcada por desafios inesperados e momentos de superação.

Alexandre Pascoal esteve muito próximo de atingir o seu grande objetivo de chegar à China de bicicleta, não fosse uma queda inesperada que alterou o rumo da viagem. Apesar da adversidade, o leceiro manteve o espírito aventureiro e encontrou novas formas de continuar a explorar a Ásia.

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Em declarações que nos fez chegar, Alexandre Pascoal partilhou os detalhes desta experiência única.

Na passada sexta-feira, dia 13 de dezembro, completou onze meses de viagem. No entanto, precisamente no dia em que completava dez meses, sofreu uma queda, a cerca de cinco quilómetros de ‘Non Sang’, na Tailândia, local que tinha programado para pernoitar nessa noite. A queda, que parecia inicialmente um contratempo menor, revelou-se mais séria do que o esperado. “Porque a vontade de continuar a pedalar era imensa, mesmo depois de uma noite mal dormida e com dores no ombro direito, pedalei no dia seguinte até ‘Udon Thani’, numa distância de setenta e sete quilómetros”, contou.

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Porém, as dores persistiram, levando Alexandre a procurar atendimento médico. “Após ir ao hospital, pois não me sentia melhor, foi-me diagnosticado uma fratura incompleta na clavícula direita. O médico disse-me que não era grave, mas teria que ter o ombro imobilizado, com recurso a um apoio de braço, durante pelo menos seis semanas”, explicou. Foi um momento de grande impacto emocional. “Nesse dia chorei quando tomei consciência que já não chegaria a Macau, na companhia da ‘Albarda’. Depois de quinze mil quilómetros juntos, não era este o final que tinha idealizado no meu pensamento”, confessou, referindo-se à bicicleta que o acompanhou por grande parte da aventura.

“A vida por vezes coloca-nos desafios, quando menos esperamos. Mas ao mesmo tempo também nos mostra caminhos alternativos, novas oportunidades, que não devemos desperdiçar”.

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A adaptação a esta nova realidade não foi fácil, mas Alexandre encontrou forças para prosseguir. “Após uma semana em ‘Udon Thani’ de aceitação a esta nova realidade e ajuste a ter que fazer tudo com um braço, acabei por conseguir adaptar-me”, disse. Foi nesse momento que decidiu continuar a viagem, ainda que de forma diferente. “Decido então continuar a viagem, com um saco de mão, transportando o mínimo indispensável. A ‘Albarda’ e os alforges ficam em ‘Udon Thani’ até eu completar um circuito pelo Laos e Vietname, feito maioritariamente de comboio”, relatou o viajante.

Mesmo com as limitações físicas, Alexandre não desistiu de explorar novos territórios. “Apesar do desconforto e limitação do ombro, bem como a incerteza com a recuperação, prossegui a viagem com um ritmo mais lento e espírito positivo”, afirmou. Entre os desafios e as descobertas, o ciclista manteve o seu espírito aventureiro. “Perseguir com vontade de encontrar novos momentos de espanto” foi o lema que o acompanhou.

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Agora, prestes a encerrar esta etapa, Alexandre prepara-se para o regresso a casa. Na semana que agora termina, esteve na Tailândia para passar os últimos dias e preparar o seu regresso a Portugal. Estes últimos dias foram dedicados a uma retrospectiva sobre os momentos mais marcantes da viagem. Foram os últimos dez dias de viagem, que aproveitou para fazer um balanço dos momentos mais marcantes, os quais partilhou no seu diário.

Antes da sua chegada, o leceiro deixa uma mensagem de gratidão. “Despeço-me com um agradecimento especial por todo o apoio que tenho recebido e até já!”, concluiu Alexandre Pascoal, cuja determinação e coragem inspiraram muitos ao longo desta extraordinária aventura de quase um ano.

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