Antiga refinaria da Galp dará lugar a Centro Internacional de Biotecnologia Azul

Farol e Refinaria da Petrogal, em Leça da Palmeira
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Até 2030, o Centro Internacional de Biotecnologia Azul estará operacional nos terrenos da antiga refinaria da Galp em Leça da Palmeira, Matosinhos.


A autarquia de Matosinhos, a Galp, a Fundação Oceano Azul e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) assinaram esta quarta-feira, 26 de abril, no Edifício dos Paços do Concelho, um protocolo de cooperação para posicionar Portugal como líder mundial no setor da biotecnologia azul, usando capital privado de investidores nacionais e estrangeiros.

O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, presente na assinatura do protocolo, enfatizou a necessidade de Portugal mudar a matriz energética e investir em energias renováveis, dada a ameaça real das alterações climáticas. O setor da economia do mar representa atualmente 5% do Produto Interno Bruto.

Estima-se que, em 2030, o setor da biotecnologia azul possa gerar um volume de negócios na ordem dos 200 mil milhões de euros e criar 250 mil empregos nas áreas da alimentação, farmacêutica e bem-estar, bioindústria, biocombustíveis, recuperação ambiental e descarbonização. Com o Centro Internacional de Biotecnologia Azul, Portugal espera conquistar uma quota de mercado entre 5% a 7%, gerando receitas entre os 10 e os 14 mil milhões de euros, e entre 20 mil e 30 mil empregos diretos qualificados.

O Governo criou um grupo de trabalho interministerial das áreas do mar, da ciência e da tecnologia e da coesão territorial, liderado pela Fundação Oceano Azul, para desenvolver o Centro Internacional de Biotecnologia Azul. O grupo terá até 30 de setembro para apresentar um plano estratégico para o desenvolvimento do centro, incluindo um modelo técnico e de gestão para a instalação em Leça da Palmeira.

A presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, lembrou o impacto económico negativo do encerramento da refinaria da Galp e a necessidade de potenciar outras áreas de negócio naquele território. O CEO da Galp, Filipe Silva, explicou que uma parte dos 240 hectares ocupados pela refinaria será usada para o Centro Internacional de Biotecnologia Azul, que se enquadra perfeitamente no conceito de regeneração urbana da área, criando uma nova cidade neutra em carbono com a inovação como catalisador de desenvolvimento. A descontaminação dos terrenos seguir-se-á após o desmantelamento e a limpeza, num processo que será feito por fases, com prioridades definidas.

assinatura do protocolo


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