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Na sequência das avarias ocorridas na Ponte Móvel de Leixões e da repercussão pública que esta circunstância tem vindo a causar, a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) dá nota pública do rigoroso cumprimento dos contratos de manutenção com empresas da especialidade e da realização de vistorias semanais ao funcionamento da ponte móvel.
Foi à data explicado que as avarias que a Ponte Móvel de Leixões sofreu, em 2013, 2018, 2019 e no decurso deste ano de 2020, não estão associadas a questões de manutenção, mas sim à “gripagem” prematura das rótulas e cilindros de movimentação dos tabuleiros, os quais teriam um período de vida útil expectável superior a 40 anos, tendo em consideração os ciclos de abertura diária considerados em fase de projeto que se mantêm inalterados.
No mesmo comunicado, a APDL informou que o INEGI (Instituto da Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial) estava a realizar a monitorização e modelação tridimensional dos órgãos mecânicos da ponte móvel para tentar identificar, por outra via, para além dos estudos já efetuados, a origem e a causa deste desgaste prematuro de peças cuja vida útil deveria estar muito longe do fim e, deste modo, serem insuscetíveis de avarias.
Na sequência de todos os eventos acima elencados, a APDL promoveu a criação de um Grupo de Trabalho com as entidades que estiveram envolvidas na construção da ponte, designadamente a Mota Engil, responsável pela empreitada, a Schaeffler que levou a cabo a produção dos seus componentes, a Eurocrane, que tem vindo a fazer a manutenção daqueles componentes nas suas vertentes preventivas e corretivas e, finalmente, a Hansa-flex, que tem a seu cargo a manutenção do sistema de acionamento daquela infraestrutura. Esta iniciativa será coordenada por uma entidade independente, o INEGI, para que, de forma definitiva, se venham a encontrar soluções que evitem as avarias já mencionadas.
O Grupo de Trabalho agora criado permitirá, em virtude da sua multidisciplinaridade, uma abordagem integrada do funcionamento da ponte móvel com os seguintes objetivos:
Diagnóstico da causa das avarias prematuras que têm vindo a ocorrer através da instrumentação e modelação provisória com simulações em computador que permitirão monitorizar as estruturas de suporte da ponte e identificar as suas eventuais fragilidades ou deficiências;
Com base no diagnóstico realizado, por um lado, levar a cabo eventuais reparações que se revelem necessárias e, por outro lado, implementar um sistema que permita antecipar a substituição de componentes através de alertas e, nessa medida, uma manutenção planeada sem o prejuízo que resulta da imprevisibilidade e das ações corretivas em situações de emergência.
Este processo tem a sua durabilidade prevista até abril de 2021 para que efetivamente produza os resultados que a APDL ambiciona, sendo que, em função das suas conclusões, a APDL tomará todas as medidas necessárias para que esta infraestrutura sob a sua responsabilidade deixe de causar constrangimentos aos seus utilizadores.
A evolução do trabalho desenvolvido e os resultados obtidos serão, ao longo do tempo, disponibilizados à população para que, de forma transparente, possam acompanhar este processo que a todos diz respeito.
A APDL agradece a compreensão e espera num futuro breve resolver os problemas associados ao funcionamento da Ponte Móvel de Leixões.