Bô 457: Aqui há postas e costeletões transmontanos para gente com fome

Brasaria BO-457
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O novo restaurante de Matosinhos tem fumeiro de Vinhais, pão de Gimonde, postas e costeletões para gente com estômago de ferro. Conheça a nova brasaria transmontana da cidade que dá pelo nome de Bô 457.

Se gosta de carne e não se importa que lhe chamem lapouço, depois de devorar uma posta transmontana, seja guicho e vá até ao Bô. Não, o autor deste artigo não está com um problema no teclado mas aconselha-o a ter um dicionário de transmontanês à mão — ou então consulte o significado das expressões no final do artigo — para decifrar os pratos da ementa do novo restaurante de Matosinhos. O Bô 457 apresenta-se como uma brasaria e quase todos os seu ingredientes vêm da terra para lá dos montes.

Fábio Rodrigues, de 31 anos, é a costela transmontana do casal que é proprietário do espaço onde funcionava o Tappas Caffé de Matosinhos. Sem experiência na área da restauração, o engenheiro informático e Vera Macedo, formada em educação física, avançaram para o projeto, mas o seu sonho era outro. De um problema, surgiu a oportunidade: incompatibilidades com os donos da marca inviabilizaram o franchise e deram ao casal o pretexto perfeito para lançar o negócio que tinham “guardado na manga”.

Bô 457 steakhouse[h2]Bô 457 traz para Matosinhos o que de melhor há em Trás-os-Montes[/h2]

“Sempre quisemos trazer para Matosinhos, que é uma zona mais conhecida pelo peixe, o que de melhor há em Trás-os-Montes”, explica Vera à NiT.

Seja na brasa, na chapa ou na tábua, quase todos os ingredientes são trazidos do distrito que viu nascer Fábio, que é natural de Bragança. Para lá da carne, há azeite de Valpaços, fumeiro de Vinhais, pão de Gimonde e compotas de Carrazeda de Ansiães. Apesar da forte influência da região na ementa, não gostam de se afirmar como “uma casa transmontana”. O encontro gastronómico faz-se, por exemplo, na francesinha, o prato tipicamente portuense que aqui é servido em duas versões: a clássica e a transmontana, ou à moda do Bô — com pão bijou, um bife mais alto do que o habitual, presunto no lugar do fiambre e uma cobertura de queijo de ovelha de Vila Flor.

O que é que tem mesmo de provar? É na secção do Talho na ementa que está aquilo que Vera e Fábio dizem que é “mesmo bô”. À boa moda transmontana, a posta pode chegar a pesar 400 gramas e o costeletão aos 800. E esqueça as batatas fritas, aqui a carne come-se com batata a murro e grelos salteados.

Morada:
Rua Dr. Eduardo Torres, 457, Matosinhos

Horário:
Terça a quinta-feira e domingo, 12h30—14h30 e 19h30—22h30.
Sexta e sábado, 12h30—14h30 e 19h30—23h.
Fecha à segunda-feira.

Telefone:
229 380 503

Dicionário para entender o artigo:

Lapouço: indivíduo gordo, bronco, estúpido;
Guicho: esperto, vivaço, fino;
Bô: bom;
Bem m’eu finto: expressão de incredulidade, “não acredito”.

NiT


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