Bombeiros de Leça do Balio temem extinção

Bombeiros Leça do Balio
Partilhe:

Translate


Corporação de Bombeiros de Leça de Balio acusa Câmara de favorecer Leixões e São Mamede, que recebem mais verbas. Autarquia evoca motivos operacionais.

Os Bombeiros de Leça do Balio acusam a Câmara de Matosinhos de “descriminação”. Sentem-se “asfixiados” financeiramente e receiam chegar a um “ponto de rutura”.

Na óptica do presidente matosinhense, António Leiras, as perspectivas não são animadoras. “A situação torna-se cada mais difícil. Basta comparar os dados de 2010 (77284 euros) e de 2015 (25 mil euros). Temos assistido à permanente redução das verbas. Se as condições se agravarem poderão levar à extinção dos Bombeiros de Leça do Balio”, avisou num alerta destinado às forças partidárias e à população da União de Freguesias de Custóias, de Guifões e de Leça do Balio com cerca de 46 mil habitantes.

A propósito, deverá ser marcada para Março uma Assembleia Geral Extraordinária dos bombeiros a fim de discutir quais as medidas a tomar. Na base do protesto está uma determinação da Autarquia de reforçar as verbas para os Bombeiros de Leixões e São Mamede de Infesta, António Leiras queixa-se da “falta de diálogo” antes da tomada de decisão, interroga-se sobre os “critérios” e reforça que “a opção foi feita de modo unilateral”.

[h2]Bombeiros inconformados[/h2]

Ao JN, a Câmara justificou a medida com a “falta de disponibilidade dos bombeiros para responder a determinadas situações” e “a necessidade de assegurar em permanência uma equipa de cinco elementos para os primeiros socorros”. Quanto à escolha das duas corporações, os critérios eram os seguintes: “os melhores indicies de operacionalidade e a melhor localização em termos de acessos para chegar a qualquer ponto do concelho”, esclareceu fonte municipal.

A Autarquia adiantou que, “numa fase inicial, chegou a equacionar-se o modelo também para os bombeiros de Leça do Balio e de Matosinhos/Leça, mas depois concluiu-se que não seria viável”.

Inconformados, os responsáveis da corporação de Leça do Balio prometem não deixar o caso em esquecimento. Na próxima semana têm agendada uma reunião com o Comandante Operacional do Distrito do Porto (CODIS). “O nosso entendimento é que há uma discriminação no tocante à distribuição dos dinheiros públicos, assim como em relação à população servida pelos Bombeiros de Leça do Balio”, insistiu António Leiras, convicto que, “os critérios de tempo de resposta no socorro não serve para justificar o novo modelo”.

in: JN


Partilhe:

Comentar