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Confrontada com várias notícias hoje divulgadas pelos órgãos de comunicação social, segundo as quais a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Matosinhos/Leça da Palmeira é a unidade que mais polui os recursos hídricos em Portugal, a Câmara Municipal de Matosinhos manifesta a sua perplexidade pelo conteúdo das mesmas, esclarecendo que uma ETAR é, por definição, um equipamento destinado à despoluição das águas – e não o contrário.
Assim, a ETAR de Matosinhos não produz qualquer metal pesado, nomeadamente cádmio, cobre, cianeto, chumbo ou níquel. Sucede apenas que esta unidade de tratamento, em funcionamento desde 1999, não elimina a totalidade daqueles metais, que são, isso sim, produzidos por diversas unidades industriais e depois descarregados na rede de saneamento.
Por ter sido uma das primeiras estações de tratamento a funcionar em Portugal, a ETAR de Leça da Palmeira está dotada de um sistema de tratamento primário e de um emissário submarino de três quilómetros, conforme lhe foi imposto pelo Estado Português, estando atualmente a ser objeto de uma obra de ampliação orçada em 16 milhões de euros e que a adaptará às novas normas europeias que passaram a vigorar após a sua entrada em funcionamento. Em 2017, Matosinhos passará, por isso, a ter a ETAR mais cara do país.
Etar de Leça / Matosinhos não coloca em causa a saúde pública ou a qualidade das praias do concelho
A Câmara Municipal de Matosinhos esclarece ainda que a ETAR atualmente em funcionamento cumpre cabalmente a função de tratamento das águas residuais, assegurando a excelente qualidade das águas balneares da zona. Não está, assim, minimamente em causa a saúde pública ou a qualidade das praias do concelho, que são analisadas semanalmente e permitem inclusivamente que ostentem da Bandeira Azul da União Europeia.
Isto mesmo foi recentemente confirmado pelo Ministério do Ambiente, que, em comunicado enviado aos órgãos de comunicação social, informou que “todas as medições feitas e sempre enviadas às entidades europeias” demonstram a qualidade das águas balneares de Matosinhos e a eficiência da ETAR de Leça da Palmeira.
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