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Com o selo PIN (projetos de potencial interesse nacional), a nova fábrica da conserveira Ramirez, em Matosinhos, cumpre um sonho que nasceu há sete anos. Concentra numa única base as operações de Matosinhos e Peniche e visa a duplicação da capacidade instalada para fazer face ao crescente procura dos mercados externos.[su_spacer]
Em 2014, a conserveira faturou 30 milhões de euros, produzindo 15 marcas próprias e fornecendo as marcas de cadeias internacionais. A exportação representa dois terços da receita, surgindo o Beleux, Reino Unido e Angola como os principais mercados.[su_spacer]
O investimento (18 milhões de euros) sofreu atrasos e contratemos, o maior dos quais foi a demora na atribuição do estatuto PIN, um critério que a família Ramirez considerava indispensável para a realização do projeto.[su_spacer] [h2]Conserveira Ramirez é um PIN de 18 milhões de euros[/h2]
[su_spacer]Já em 2008, Manuel Ramirez matutava numa nova base fabril para concentrar as operações de Peniche e Leça da Palmeira, com recurso a layout robotizado com ganhos de produtividade para duplicar a capacidade. Foi com essa ideia em mente que, na altura, dotara a conserveira com linhas de embalamento robotizadas. A tecnologia aprovou, a fase seguinte foi operacionalizar o projeto fabril. Em 2010, identifica o local certo para instalar a unidade, em Lavra, a quatro quilómetros da atual fábrica. E começam os contratempos. A compra do terreno envolveu a negociação com cinco donos, depois as parcelas tinham de ser desafetadas da Reserva Agrícola Nacional.[su_spacer]
Estes processos “são sempre penosos, mas não se pode desistir à primeira contrariedade”, dizia na altura o empresário Manuel Ramirez, presidente da empresa. Mas, o fator crítico residiu mesmo na classificação PIN, essencial para agilizar o circuito das aprovações.[su_spacer]
No início, esta classificação só era válida acima dos 25 milhões de euros. Superada esta barreira (março 2012), a via ficou desimpedida e o processo tornou-se irreversível. No programa de €18 milhões, um terço será assegurado pelo Promar. O resto são capitais próprios e financiamento bancário.[su_spacer]
A base de Peniche (22 funcionários efetivos) foi desativada no fim de março e a instalação das linhas de produção na nova base de Matosinhos já estão concluídas. Mas, “o edífício admnistrativo anda não está ocupado, a transferência de alguns departamentos não foi efetuada”, refere administrador Manuel Ramirez (filho), o representante da quinta geração da família na condução da conserveira. Por isso, a inauguração da fábrica “fica para depois da conclusão de toda a empreitada”. Talvez em julho, arrisca Manuel Ramirez.
in Expresso
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