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Os cruzamentos entre as ruas Francisco Sá Carneiro e Abreu e Sousa (paralela com rua Francisco Sá Carneiro) com a rua do Sardoal, em Leça da Palmeira, são um local perigoso para quem circula de automóvel ou a pé. Quem o diz é Patrícia Miguel Costa, moradora na Rua Francisco Sá Carneiro, há 5 anos. Durante esse tempo, Patrícia Costa já assistiu a pelo menos 4 acidentes, sem contornos mais graves, “por mera felicidade”. O último aconteceu, ontem, dia 08 de agosto, no cruzamento da rua Abreu e Sousa com a rua do Sardoal, com os mesmos contornos dos anteriores, ou seja embate seguido de despiste para cima dos passeios.
A rua do Sardoal é uma rua de dois sentidos, relativamente estreita que atravessa uma zona residencial com muitas famílias a circular a pé, autocarros a passar e automóveis a exceder o limite de velocidade. É um local que até há bem pouco tempo não dispunha de passadeira para peões, apesar da proximidade à escola EB Eng. Fernando Pinto de Oliveira e por ser uma rua frequentemente utilizada pelos jovens a caminho da praia.
Patrícia Costa gostava de acreditar que a colocação de passadeiras para peões e lombas de redução de velocidade, em setembro de 2021, fosse resultado das várias missivas que enviou ao longo destes cincos anos (sem resposta) à autarquia de Matosinhos e de Leça da Palmeira. Mas está mais convencida que terá sido uma coincidência, porque recorda, “nessa altura foram pintadas e criadas novas passadeiras nas ruas adjacentes”. Mas nem por isso desiste da sua causa e se dá por satisfeita, porque as medidas são insuficientes e os acidentes continuam. “As lombas estão mal feitas porque os carros passam entre elas, o excesso de velocidade ainda é uma constante e os acidentes repetem-se”.
A perigosidade dos cruzamentos em questão, afeta sobretudo quem circula a pé. Em quatro dos acidentes que presenciou, Patrícia Costa assegura que em todos eles pelo menos um veículo ficou imobilizado em cima do passeio, curiosamente o mesmo que utiliza quando sai com os seus filhos. “Só por sorte não ia ninguém a passar. Poderiam ter resultado em atropelamentos gravíssimos. “No dia em que alguém morrer atropelado aqui, vamos arrepender-nos de não termos feito nada”, conclui.
Não sendo perita em circulação rodoviária, Patrícia Costa, não se cansa de enviar sugestões para a Câmara Municipal de Matosinhos e União de Freguesias de Matosinhos-Leça, que, segundo ela, podem resolver consideravelmente o problema. As medidas passam pela colocação de uma passadeira para peões para atravessar a rua do Sardoal vindo da rua Francisco Sá Carneiro em direção à Travessa Pêro Escobar, pela colocação de mais lombas de redução de velocidade e por condicionar a um sentido o trânsito nesta via.
Na sua opinião estas são medidas necessárias e urgentes.
Não se pense que este desassossego é de uma pessoa apenas. A ela juntam-se outros moradores sobretudo os que veem os muros das suas habitações serem sucessivamente danificados pelo embate dos veículos desgovernados.
Esperam por isso maior atenção do poder local a quem exigem mudanças urgentes para evitar novas ocorrências, ou pior ainda, a morte de alguém.
