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Centenária conserveira, que tem um Museu-Vivo da indústria conserveira, é a única em Portugal que mantém toda a sua produção elaborada através do método tradicional
A Pinhais, emblemática conserveira de Matosinhos, comemora amanhã, dia 24 de novembro, o Dia Mundial da Sardinha, um dia especial dedicado a essa espécie icónica da gastronomia portuguesa. Para assinalar a ocasião, a empresa oferece uma especialidade preparada especialmente para esta celebração a um preço simbólico. Esta data é uma oportunidade para reconhecer a relevância cultural e histórica da sardinha, que desempenha um papel fundamental na cultura alimentar e na sustentabilidade da pesca em Portugal.
Pedro Casas, responsável pelo marketing na Pinhais, destaca a importância do Dia Mundial da Sardinha, defendendo que essa data deveria ser oficialmente reconhecida no calendário nacional de efemérides. Para a Pinhais, a sardinha é um produto nobre e de eleição para os portugueses, sendo uma matéria-prima crucial para a produção das suas conservas tradicionais. A empresa reconhece o papel vital desta espécie na cultura gastronómica nacional e no sustento de comunidades ligadas à pesca.
A celebração acontece no espaço Can-Tin, um local de degustação dentro do Museu-Vivo da Pinhais, onde os visitantes e os próprios clientes da empresa terão a oportunidade de provar uma iguaria especial criada para o Dia da Sardinha. Os “Bolinhos de Sardinha”, confecionados com quatro bolinhos de sardinhas em azeite picante da Pinhais, serão disponibilizados por três euros, representando uma combinação única de sabores.
Dia Mundial da Sardinha
Além do destaque gastronómico, o Dia Mundial da Sardinha serve também para refletir sobre a gestão e sustentabilidade desta espécie. Em 2023, a campanha de pesca da sardinha começou em maio, com pescadores dos barcos da frota do cerco tendo uma quota global de descargas de capturas estabelecida em cerca de 37.642 toneladas, um aumento em relação ao ano anterior. Portugal e Espanha têm um plano plurianual para a gestão da sardinha até 2026, garantindo limites de captura baseados em recomendações científicas, com uma abordagem precaucionária.
A Pinhais, enquanto empresa conserveira tradicional, mantém métodos de produção artesanais e preserva a tradição secular na produção das suas conservas. No último ano, a empresa produziu cerca de 3,2 milhões de latas de conservas, exportando aproximadamente 95% desse volume para mercados internacionais. Os mercados austríaco, norte-americano, italiano e dos países nórdicos são os maiores consumidores das conservas artesanais da Pinhais e da marca NURI.
Atualmente, a empresa concentra-se na promoção e venda dos seus produtos para mais de 60 mercados em todo o mundo, destacando-se a preferência dos consumidores nacionais pela sardinha em azeite e a sardinha picante entre os clientes internacionais. A Pinhais planeia absorver aproximadamente 600 toneladas de sardinha este ano, mantendo um método de produção tradicional que preserva a qualidade e a autenticidade dos seus produtos, procurados não só em Portugal, mas também além-fronteiras.