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Souto de Moura foi elogiado pela sua “obra de notável capacidade inventiva e génio técnico”.
Eduardo Souto de Moura, arquiteto português, Associado Honorário da Casa da Arquitectura e Prémio Pritzker 2011, recebeu esta terça-feira, 30 de janeiro, as insígnias de Comandante das Artes e Letras, uma das mais altas distinções atribuídas pelo Ministério francês da Cultura.
A cerimónia, realizada na Embaixada de França em Lisboa, foi presidida pela embaixadora Hélène Farnaud-Defromont. Na ocasião, Souto de Moura foi elogiado pela sua “obra de notável capacidade inventiva e génio técnico“, que “contribuiu para a afirmação da arquitetura portuguesa no panorama internacional”.
Souto de Moura é um dos arquitetos mais reconhecidos do mundo. A sua obra, marcada por uma grande sensibilidade estética e um profundo respeito pelo contexto, inclui projetos como o estádio de Braga, o Metro do Porto, a Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, e o teatro Clermont-Ferrand.
A sua carreira soma mais de uma dezena de prémios, como o Leão de Ouro da Bienal de Veneza, atribuído em 2018, e o Pritzker, o ‘Nobel da arquitectura’, em 2011, pelo conjunto da obra.
Entre outras distinções, recebeu o Prémio da X Bienal Ibero-americana de Arquitectura e Urbanismo, em 2016, o Prémio Wolf de Artes, de Israel, em 2013, o Prémio Pessoa, em 1998, e o Prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte – Portugal, em 1996.
Nos Estados Unidos, a sua carreira foi reconhecida pela Academia Americana de Artes e Letras, com o Prémio Arnold W. Brunner 2019.
Na cerimónia de entrega das insígnias, Souto de Moura agradeceu a distinção, afirmando que “é um grande orgulho ser reconhecido por um país que tem uma cultura tão rica e uma tradição artística tão importante“.
O arquiteto também destacou a importância da colaboração entre Portugal e França na área da cultura. “A França tem sido uma grande inspiração para mim e para muitos outros arquitetos portugueses”, afirmou.
Ordem das Artes e das Letras
A atribuição das insígnias de Comandante das Artes e Letras a Eduardo Souto de Moura é um reconhecimento da sua importância para a arquitetura portuguesa e internacional. A sua obra, marcada por uma grande qualidade estética e um profundo compromisso social, contribui para a afirmação da arquitetura como uma forma de arte e um instrumento de transformação social.
Criada em 1957, a Ordem das Artes e das Letras (Ordre des Arts et des Lettres, no original) tem três níveis — cavaleiro, oficial e comandante —, e visa distinguir personalidades com mérito na criação ou actividade no meio artístico ou literário em França ou no mundo.