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No próximo dia 1 de outubro teremos as eleições autárquicas. Matosinhos já mexe, embora a campanha comece só para os meados do mês.
Nesta primeira fase os candidatos «mostram-se» à comunidade matosinhense através dos outdoors, aqueles cartazes que nos aparecem em locais estratégicos e nas rotundas, para que possamos conhecer os putativos governantes nos próximos quatro anos.
Esta semana que passou, mais concretamente na segunda-feira, dia 28 de agosto, tivemos a oportunidade de assistir ao debate, na TVI24, de alguns dos candidatos à presidência da Câmara Municipal de Matosinhos. Fiquei desiludido, tal como muitos matosinhenses, de acordo com as reações que tenho lido nas redes sociais.[su_spacer]
Foi um debate vazio de ideias, em que se privilegiou a «politiquice», o «partidarismo primário», o «lavar de roupa suja».[su_spacer]
[su_spacer]Comecei por estranhar a presença de apenas 5 dos candidatos pois embora tenha andado de férias, pela comunicação social fiquei a saber que, para além dos intervenientes no debate, pelo menos também o Bloco de esquerda e o PAN apresentam listas à Câmara Municipal de Matosinhos. Pode ter sido distração minha e podem ter explicado o porquê de só aqueles candidatos estarem presentes. Se assim foi, as minhas desculpas à TVI24.[su_spacer]
O debate propriamente dito não existiu. A moderadora do debate, uma das mais conceituadas jornalistas portuguesas, na linha editorial recorrente nas televisões portuguesas, privilegiou a «intriga» às «ideias». A preocupação não era dar a conhecer os projetos que cada candidato tem para Matosinhos, era reforçar a desunião dentro de um partido.[su_spacer]
Em variadas ocasiões os candidatos procuraram apresentar ideias e projetos, mas os seus raciocínios eram-lhes imediatamente cortados pela moderadora: «O que os divide?»; «Como explica que há 4 anos tenham estado juntos e agora estejam em listas opostas?»; etc.[su_spacer]
[su_spacer]O futuro de Matosinhos não se resume à divisão interna de um partido político. Os restantes candidatos também têm ideias válidas para Matosinhos e não podem ser ofuscados pela luta interna de um partido.[su_spacer]
Nos últimos atos eleitorais para a autarquia temos assistido a uma concentração de votos nos candidatos do partido socialista ou nos que sendo socialistas, se afastam do partido e concorrem como independentes. Se tal ocorresse unicamente pelo facto de serem os candidatos que apresentam melhores propostas para Matosinhos, diria que é a democracia a funcionar. Contudo, o que parece é que, na linha do que assistimos no debate do dia 28 de agosto, se privilegiou uma espécie de «referendo interno» ao PS de Matosinhos. O Jornal de Notícias de ontem, sábado, 2 de setembro, confirma este meu pensamento ao reduzir o interesse das eleições aos três candidatos da área do PS.[su_spacer]
Gostava que este ano a campanha fosse diferente e que todos os candidatos pudessem apresentar as suas ideias, independentemente das prioridades da comunicação social.
Até à próxima semana.
Saudações leceiras
Joaquim Monteiro
RELACIONADO: Se não teve oportunidade, assista AQUI ao debate na íntegra.
Podia ter estado de férias mas decerto deve-se ter percebido que para além dos candidatos socialistas o único a ser convidado foi o candidato da sua cor política, mas preferiu demonstrar ignorância no assunto e talvez por isso nem uma palavra teve para o candidato da CDU, o Ze Pedro, este sim forçou a entrada no debate pois inicialmente não tinha sido convidado e se o fez foi porque sentiu-se preparado e não teve receio em participar e foi o único candidato que apresentou o trabalho feito e as ideias para um Matosinhos melhor, já os outros candidatos não reclamaram a presença e por certo até lhes fizeram um favor ao não serem convidados. E para finalizar antes de escrever sobre o que seja, tente reunir e saber as razões o porque e certas situações para não dar a perceber que preparou mal este comentário.
Fiz questão de ver na Tv porque morando em Matosinhos o assunto diz-me directamente respeito porque entendo que devo participar no acto eleitoral.
“Ficar em casa” nunca, porque houve tempos em que os portugueses queriam escolher e não era possível e agora desde 1974 podemos votar e devemos. Se eu não votar vai ser sempre escolhido um candidato mas entendo que é uma obrigação nossa. Existirem abstenções como as que nós temos no nosso país é uma mostra de total desinteresse. Poderemos dizer que são todos iguais, mas alguém irá ocupar o lugar de presidente da câmara. de junta e de assembleia municipal.
Relativamente ao debate achei muito fraco em geral e a própria Judite não procurou saber quais os projectos para Matosinhos de cada um dos candidatos. Projectos foram zero.
Nota-se é que o senhor de Matosinhos, Narciso Miranda é sem sombra de dúvida o candidato mais à vontade, com carisma e sabe verdadeiramente do que fala, e eu não sou defensor deste candidato.
Os outros … coitaditos atropelam-se e nada de futuro para esta terra a ficar mais distante dos municípios da linha da frente. Foi pena não se ter falado mais, esclarecer que os PS de Matosinhos escolheram Ernesto Páscoa e o inteligente e oportunista Pizarro decidiu escolher a sua candidata, atropelando a escolha dos matosinhenses.
Este homem do Porto é quem decide os destinos para Matosinhos… e faz ainda mais divisões dentro do partido.