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Um emigrante em Inglaterra, natural de Leça do Balio, em Matosinhos, “transformou” a escultura de Pedro Cabrita Reis, de mais de 300 mil euros, num “estendal” onde, através de camisolas, calções e bóxeres, fez “perguntas” sobre obras no concelho.
“A arte é aquilo que o artista quiser. Por isso, se umas vigas são arte para o Pedro Cabrita Reis, para mim umas cuecas com perguntas escritas também são arte. A minha arte”, disse hoje à Lusa Pedro Almeida, assumindo a autoria do ato.
Pedro Almeida contou que instalou o “estendal” na segunda-feira à tarde, tendo trazido a corda, as molas e a roupa de Inglaterra, e que, uma hora depois, “recolheu-o” porque conseguiu passar a sua mensagem de descontentamento com o “rumo do concelho”, liderado pela socialista Luísa Salgueiro, e, também, por medo que hoje já não estivesse lá nada.
Na sua página de Facebook Pedro Almeida escreveu: “Hoje estive no farol da Boa Nova, em Matosinhos. Fiz uma instalação artística/ politica nos ferros que lá se encontram e recolhi opiniões. Quase todas as pessoas que lá se passeavam, neste agradável fim de tarde pararam para fotografar. E todas com quem falei, disseram que detestam a chamada escultura. Algumas deram-me os parabéns pela iniciativa e falaram da frustração de ver os casos em Matosinhos a acumularem-se e nada se resolver. Cai sempre no esquecimento. Matosinhos precisa de uma varridela (a juntar à roupa lavada).
Matosinhos Independente com o seu líder Joaquim Jorge é a alternativa aos 45 anos de pasmaceira do Concelho e o enriquecimento de alguns”.
Boa tarde:
Também acho que chamar obra de arte ao conjunto de vigas é falta de gosto.
O pior de tudo é ter nos custado tanto dinheirinho dos nosso IMIS e de outros brutais impostos para dar de ganhar a um individuo que precisava ganhar uns míseros 300 mil euros e conquistou a câmara de Matosinhos que lhe pagou o que estava prometido.
Com tantas obras de arte em Matosinhos a precisarem de ser restauradas como o caso da Anémona de Janet Echelman que tem as redes todas rotas, a quinta da Conceição que continua a precisar de manutenção, os jardins públicos cheios de cocó dos cãezinhos, da falta de policiamento e de tantos assaltos e roubos a carros ( a esquadra contentor que existiu em Leça da Palmeira e que desapareceu) das placas toponímicas estragadas, da falta de árvores que caíram e não foram repostas, da falta de limpeza e de mais ecopontos parece que haveria muito mais coisas a fazer de útil do que esbanjar o nosso dinheiro nas vigas da Boa Nova.
Digam me por favor quem beneficiou com aquelas vigas? Claro que o artista embolsou a massa, m,as nós o que aqui vivemos?
Será que ficou melhor? A maior parte das pessoas detesta aquele mono. Sera que os fregueses de Leça ficaram mais felizes com aquele trambolho na Boa Nova? E o dinheiro a fazer tanta falta a uns e à Cãmara de Matosinhos até se dá a estes luxos……mas com o nosso dinheiro.