Festa da Poesia celebra Sophia de Mello Breyner e Jorge de Sena
No ano em que se assinalam cem anos do nascimento de Sophia de Mello Breyner e de Jorge de Sena e o 125.º aniversário de Florbela Espanca, a Festa da Poesia está de volta a Matosinhos já na próxima sexta-feira.
Ao longo de três dias, a Biblioteca Municipal Florbela Espanca será palco de um conjunto de iniciativas para todo o tipo de públicos, como debates, workshops, música, sessões de cinema e poesia.
A Festa da Poesia contará com a presença de Edite Estrela, Irene Flunser Pimentel, Capicua, Samuel Úria, Isabel Nery (autora da biografia de Sophia de Mello Breyner), Rui Spranger, José Rui Teixeira, Manuella Bezerra de Melo e Patrícia Costa.
Destaque ainda para a realização de um workshop de produção de azulejos alusivos a Sophia de Mello Breyner e Jorge de Sena, os autores homenageados nesta 15ª edição.
Programa Festa da Poesia:
Sexta-feira, 6 de dezembro
18h00/20h00
Workshop | «As metáforas da liberdade»
Convidados: José Rui Teixeira
Num tempo em que a liberdade voltou a estar ameaçada de várias formas,como pode a poesia traduzir esse desafio sem vulgarizar o tema? Um workshop para debater a liberdade da metáfora e a metáfora da liberdade.
Notas: Limitado a 20 participantes. Inscreva-se através de [email protected].
Sábado, 7 de dezembro
11h00/13h00
Workshop | «As imagens do mar»
Convidados: Rui Spranger
Como trabalhar a imagética do mar em poesia sem cair em lugares comuns.
Ainda é possível ser original escrevendo sobre o mar depois de Fernando Pessoa ou Sophia? De que forma podem os poetas em início de carreira fugir à armadilha do clichê?
Notas: Limitado a 20 participantes. Inscreva-se através de [email protected].
15h30/17h30
Workshop | «Workshop de azulejos: Preencher Vazios»
Convidados: Joana de Abreu
O Preencher Vazios nasceu com o intuito de combater a falta de azulejos das fachadas das casas e edifícios das nossas cidades. Muito mais que espalhar arte e poesia, o projeto pretende chamar atenção para a necessidade de preservar o património azulejar português que tem sofrido uma perda progressiva de azulejos nos últimos anos. Nesta oficina cada participante irá desenvolver um painel de 7 azulejos, que depois levará para casa para fixar numa parede. Em conjunto vamos desenvolver mais 2 painéis para homenagear o centenário de Jorge de Sena e de Sophia de Mello Breyner.
Notas: Limitado a 15 participantes. Ideal para famílias. Inscreva-se através de [email protected].
15h30
Exibição de filmes e documentários
Projeção das obras
Jorge de Sena (48 min.), O Nome das Coisas – Sophia de Mello Breyner Andresen (58 min.), Florbela Espanca – Alma Ardente, Fogueira Acesa – Parte I (26 min.), e Florbela Espanca – Alma Ardente, Fogueira Acesa – Parte II (30 min.).
Leitura de poemas [Florbela Espanca]
Domingo, 8 de dezembro
15h20
Convidados: Manuella Bezerra de Melo
Momento em que Manuella Bezerra de Melo dará voz a poemas de Florbela Espanca.
15h30
Mesa de debate | «Florbela, um destino amargo»
Convidados: Edite Estrela e Irene Flunser Pimentel
Moderação: Sérgio Almeida
Florbela Espanca é um nome inquestionável da literatura portuguesa. Mas quem foi esta poeta que, apesar de ter vivido apenas 36 anos, conseguiu deixar uma marca indelével na literatura portuguesa? E por que razão os seus sonetos e a sua escrita perduram na nossa poesia contemporânea?
16h45
Concerto | «A Poesia do Fado»
Convidados: Patrícia Costa
Espetáculo em que a fadista Patrícia Costa canta fados com letra de grandes poetas portugueses.
17h20
Leitura de poemas
[Sena e Sophia]
Convidados: Manuella Bezerra de Melo
Momento em que Manuella Bezerra de Melo dará voz a poemas de Jorge de Sena e de Sophia de Mello Breyner.
17h30
Mesa de debate | «Poesia e a luta pela liberdade, os exemplos de Sophia e Sena.»
Convidados: Capicua, Isabel Nery e Samuel Úria
Moderação: Sérgio Almeida
Liberdade e poesia são palavras que sempre andaram juntas, mas alguns poetas fizeram delas testemunho de vida. Sophia e Jorge de Sena são só dois dos exemplos de poetas que se empenharam na luta pela liberdade, dando disso nota na sua poesia. Do exílio à atividade política, a liberdade foi sempre um mote inalienável.
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