Translate
O ex-presidente dos Bombeiros de Leixões, Matosinhos, Vítor Ribeiro, foi esta quarta-feira condenado a três anos e 10 meses de prisão efetiva por desviar 44.898 euros da associação e falsificar a assinatura do vice-presidente nos cheques para levantar esse dinheiro.
“Não mostrou qualquer arrependimento e agiu com dolo intenso, mostrando uma personalidade do ‘vale tudo'”, disse esta quarta-feira a magistrada do coletivo de juízes do Tribunal de Matosinhos, ao divulgar a decisão judicial.
Vítor Ribeiro, que assumiu a presidência dos Bombeiros em 2010 mandou, entre esse ano e 2011, um funcionário da associação humanitária levantar-lhe mais de 30 cheques com diferentes valores, perfazendo um total de 44.898 euros, para proveito próprio. E, em alguns deles, falsificou a assinatura do vice-presidente da direção.
Na acusação lê-se que, “como forma de evitar ser identificado nos levantamentos dos mencionados cheques, entregava-os a um funcionário da associação humanitária ou a um amigo, aos quais solicitava que fizessem o levantamento ou depósito, situação a que acediam por não terem motivo para desconfiar das intenções”.
A juíza realçou que o ex-presidente dos Bombeiros tinha “especial dever de zelo” pelos interesses da instituição, sendo esta atitude “altamente reprovável” pela sociedade.
A acusação salientava que o dinheiro levantado pelo arguido “não diz respeito a quaisquer despesas dos bombeiros”, realçando que ao assinar ou mandar falsificar a assinatura do vice-presidente estava a “agir contra a vontade deste e sem a sua autorização”.
[h2]Ex-presidente dos Bombeiros está de “consciência tranquila”[/h2]Na primeira audiência de julgamento, a 13 de janeiro deste ano, Vítor Ribeiro, de 56 anos, disse: “Nunca me apropriei de dinheiro nenhum, aliás sempre zelei pelos interesses da associação, por isso, estou de consciência tranquila”.
Para justificar o levantamento destes cheques, Vítor Ribeiro disse que a associação tinha “muitas dificuldades” e, por isso, “muitas vezes” não havia dinheiro para pagar salários e despesas correntes. Logo, recorria ao empréstimo de um amigo.
“O meu amigo emprestava-me dinheiro sempre que lhe pedia e, depois, quando a associação tivesse liquidez, levantava cheques e saldava a dívida”, explicou.
O ex-dirigente, acusado por um crime de peculato e de falsificação de documento, vincou que “nunca” falsificou ou mandou falsificar a assinatura do vice-presidente.
“Sempre que precisava pedia ao vice-presidente para assinar porque ele sabia da situação ou, por vezes, deixava-os já assinados caso tivesse que se ausentar”, sustentou.
Contudo, uma perícia concluiu que é “muitíssimo provável” que a assinatura que consta dos cheques “não é” do vice-presidente, avançou o coletivo de juízes.
O atual presidente da associação humanitária, Aires Aleixo, realçou que quando assumiu funções, em agosto de 2011, verificou que existia uma “contabilidade muito desorganizada” com apenas um livro de despesas e de receitas.
E lembrou que o passivo rondava os 300 mil euros, sendo que não havia documentos de despesas que justificassem o levantamento do dinheiro.
A advogada dos Bombeiros, Ana Coutinho Mendes, afirmou aos jornalistas, à saída do tribunal, de que a pena é apropriada porque as pessoas não podem sair impunes depois de usar dinheiros públicos.
JN
Muito Boa noite.
Só lamento serem 3 anos e dez meses.
Deveriam ser 13 anos.
De 13 horas que eu e muitos companheiros de várias corporações de bombeiros do distrito do Porto, andaram a fazer recolha de alimentos para os assalariados esse corpo de bombeiros na altura do Natal e páscoa.
Tudo porque estavam com os ordenados em atraso de 3 meses.
por os gatunos no saco andam a engordar á conta dos donativos que os bombeiros pedem nas ruas da cidade o dinheiro faz falta para outros fins OBRIGADO