Translate
Aquele que se apresentou como o festival da ‘sustentabilidade’ com o lema ‘hoje é um bom dia para mudar’, afinal não mudou os piores hábitos dos jovens ‘festivaleiros’, que mais uma vez, deixaram um rasto de lixo que não deixou ninguém indiferente pelas piores razões.
A conhecida Praia do Aterro em Leça da Palmeira (Matosinhos), recebeu mais um festival de verão que terminou hoje. Aquele que nos anos anteriores ficou conhecido como EDP Beach Party, este ano, a entidade organizadora, a empresa Música no Coração, alterou o naming, e deu lugar ao GALP Beach Party. Ao longo de 2 dias, aproximadamente 50 mil “festivaleiros” por dia, vibraram ao som de nomes sonantes da música electrónica, como Savage, Marshmello, Timmy Trumpet, Quintino e Vini Vici. Ainda segundo a organização, este ano de 2019 poderá ter sido a maior edição de sempre deste festival que marca o arranque do verão por terras nortenhas.
Mas se é consensual que o festival preencheu todas as melhores expectativas dos “festivaleiros” e da organização, por outro lado, tendo em conta as temáticas do evento, a quantidade de lixo deixada pelos “festivaleiros” é, no mínimo, chocante. Ainda recentemente, Joana Garoupa, Directora de Marketing e Comunicação da GALP, afirmou aos jornalistas que, neste ano, o evento será subordinado ao tema (citamos): “HOJE É UM BOM DIA PARA MUDAR” (fim de citação), numa especial referência às preocupações com a sustentabilidade, ambiente e mobilidade. Mas quem visitasse hoje, 30 de Junho, a imediações do festival ficaria, no mínimo, surpreendido com o cenário deixado pelos “festivaleiros”, que entretanto partiram, deixando para trás uma quantidade chocante de lixo e poluição; denunciando uma evidente falha dos tão anunciados propósitos ambientais da GALP.
Encontrou-se todo o tipo de lixo, desde comida, peças de roupa, preservativos, plástico (muito plástico) e uma quantidade impressionante de garrafas vazias de bebidas alcoólicas; como as fotografias que recolhemos o revelam.
Mas se por um lado a “fotografia” é chocante, por outro, a Rádio Regional verificou a existência de poucos recipientes para o lixo; ora uns sem capacidade para tanto lixo, ora outros vazios como as fotografias revelam:
Nem a segurança pública escapou aos “festivaleiros”. No meio de tanto lixo, a Rádio Regional encontrou uma importante placa de sinalização, que até há pouco tempo cumpria a sua função de alertar os banhistas de uma praia segura com vigilância, como é obrigação das autoridades de segurança marítima; mas que agora já não alerta mais ninguém …
Da mesma sorte se escrevia o destino deste sinal de trânsito, que devia estar a cumprir a sua função de avisar os condutores para perigos diversos inerentes à circulação automóvel em zona de grande afluência de pessoas; mas não, foi arrastado para o meio do “selvático” amontado de lixo, deixando de contribuir para a segurança de automóveis e peões.
Alguns “festivaleiros”, provavelmente envergonhados com a presença das objectivas dos jornalistas, tomaram a iniciativa de recolherem o seu próprio lixo, mas tarde demais. Um grupo de jovens vindos de Santiago de Compostela (Espanha), que não quiserem gravar entrevista, manifestaram-se indignados com a falta de cuidado dos portugueses, apontando o dedo para a sua tenda, limpa e organizada. Tudo o resto era um cenário que depressa se transformou num precioso banquete para gaivotas, que logo perceberam que havia “mais lixo em terra” do que “peixe no mar”. A fotografia não deixa dúvidas:
Os cidadãos anónimos que passavam com as suas famílias num dia de domingo à beira mar, não perderam a oportunidade de manifestar, sem rodeios, a sua especial indignação com o lixo deixado pelos “festivaleiros”, que segundo eles é cenário que se repete ano após ano.
Testemunhos:
Jorge Teixeira, enquanto cidadão, apontou ainda o dedo à Autarquia de Matosinhos por alegada falta de contentores do lixo mais apropriados ao evento.
O jovem Pedro Teixeira, em declarações à Rádio Regional mostrou-se consciente que o plástico é altamente poluente e que demora muitos anos a desaparecer.
A Mariana e a Rafaela são duas jovens de 19 e 17 anos, que participaram no festival até ao final, e não ficaram indiferentes à quantidade de lixo que os outros “festivaleiros” deixaram para trás. Aos microfones da Rádio Regional, Mariana partilhou da sugestão do Pedro Teixeira, e defende que os participantes haviam de ser obrigados a limpar todo o lixo, já que, segundo elas (citamos) «o que não faltam são caixotes do lixo».
A jovem Rafaela, sem rodeios, disse à Rádio Regional qual a razão, que aponta como causa para tanto lixo deixado pelos participantes no festival; segundo ela tudo se resume à “preguiça” causada por outros limparem.
Já Mariana, confrontada com a grande quantidade de plástico espalhada pelo chão, esta jovem, sem papas na língua apontou o dedo à (citamos) “estupidez” das pessoas.
Ainda à conversa com a Rádio Regional, todos os jovens entrevistados, desconheciam que o Festival tinha como temática a sustentabilidade e o ambiente; desconhecendo também alguma campanha de sensibilização junto dos participantes.
Ainda no local, os serviços de limpeza da empenhavam-se em recuperar a normalidade ambiental das belas praias de Leça da Palmeira, mas “sem tantas mãos para tanto lixo“. Um dos trabalhadores que não aceitou gravar entrevista, disse à Rádio Regional que, segundo ele, apesar da enorme quantidade de lixo, não é nada comparando com o que já tinha sido recolhido por equipas permanentes de limpeza no local. Quando questionado para a causa daquele cenário, este trabalhador, com uma expressão irónica estampada num rosto de homem experiente, disse-nos que tudo aquilo é falta de cuidado, com um sorriso acusador entre dentes e meias palavras, deixou-nos a dica “… e ainda não viram as casas de banho … “.
A Rádio Regional sabe, por fonte do Comando Geral da GNR, que não há registo relevante de ocorrências e que todo o evento se desenrolou sem qualquer registo relevante a considerar, embora ainda não sejam conhecidos oficialmente os dados oficiais das ocorrências. Ainda fonte da GNR, confirmou à Rádio Regional que foi montada uma operação de segurança estruturada, incluído dispositivo de guarda a cavalo e binómios; e que este foi um ano exemplar em matéria de segurança, em grande parte resultado da estratégia e meios empregues pela Guarda Nacional Republicana que, mostrou uma especial boa conivência com os jovens.
Rádio Regional[su_spacer]
[su_spacer]
Uma vergonha so demonstra a forma como foi conduzido o evento
No caso das feiras temos vários intervenientes que em grande parte dos casos se demitiram de uma postura civica. Senão vejamos:
1- Policia de Segurança Publica
Em dia de feira tudo é permitido em frente á PSP,designadamente carros estacionados no meio da rua,em cima dos passeios, e …nada se faz para corrigir esta lamentável actuação.
EX; Feira da Sra da Hora.
2- ASAE
Quantos artigos são cópias de marcas e ….é tudo legal,inclusive a marca estampada!E já agora quantos recibos se passam numa feira?
3- Feirantes
Salvo excepções são os primeiros a dar o péssimo exemplo de atirarem as embalagens para o chão.
4- Compradores
Temos efectivamente de todas as idades, mas provavelmente a grande maioria é de uma faixa etária em que sustentabilidade,ecologia, etc ainda não faziam parte dos planos de estudo,nem as festas a que iam tinham como tema os propósitos citados.
5-Camara Municipal e respectivas juntas de freguesia.
Que deveriam avisar das coimas legais para quem numa feira prevarica neste âmbito…e já agora onde anda a Policia Municipal?
Já viram como ficam os recintos das feiras após o seu término? Que eu saiba a grande maioria que vai fazer as suas compras à feiras não são jovens e, seguramente também não devem estar drogados nem alcoolizados. Não estigmatizem os jovens, porque a falta de civismo atinge todas as idades.
Bom dia,
É uma vergonha,é a imagem que damos à quem vem de fora… Sem falar no barulho que fazem ao regressar da festa…
Verdadeiramente lamentável a actuação de dois lados da “festa”:
-A organização da mesma não organizou,não sensibilizou,não consciencializou os participantes da importância da sua postura,para eles e para todos os outros que lá não estiveram.Não disponibilizou meios para que o lixo não se amontoasse.Porque não dar logo na compra da “abraçadeira” um pequeno folheto onde cada um via o que deveria fazer por todos? Ninguem ficava desinformado,isto é não havia desculpas!
– Os participantes salvo raras e honrosas excepções querem emoções fáceis,descartáveis e como tal todo o resto…não é com eles.
Fico a pensar na dita “crise” quando milhares de jovens (ou os seus pais) tem capacidade para pagar o ingresso…!
Fico a pensar que todo o tempo investido pelo menos nas escolas em ecologia,sustentabilidade,respeito pelo planeta e pelos outros, se desfaz ás primeiras batidas de um “vira discos”…
Uma vergonha para os pais que não souberam educar os seus filhos,para os filhos que dão lições de desrespeito e imbecilidade pela sua postura,para o organização que não cuida do efeito sensibilizar,proteger e acarinhar um planeta que até á data é único,não providenciando meios para que tudo isto não aconteça!
Estes eventos podiam ter um efeito profilático singular pela quantidade de jovens que conseguem amontoar num espaço onde o som lhes pode rebentar os tímpanos,mas não consegue estremecer as suas consciências para o bem comum.
Uma lástima em todas as vertentes,salvo raras e honrosa excepções como é óbvio…