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Um grupo de cidadãos do concelho de Matosinhos recolheu mais de 1.100 assinaturas num abaixo-assinado para reivindicar a “desunião” das freguesias da Senhora da Hora e de São Mamede Infesta, agrupadas aquando da reorganização administrativa.
Em declarações à agência Lusa, o mentor do Movimento Pela Freguesia da Senhora da Hora, Jorge Carvalho, contou que nos últimos meses recolheu mais de 1.100 assinaturas que entregou, na passada quinta-feira, dia 4, na junta de freguesia para impulsionar a convocatória de uma Assembleia de Freguesia Extraordinária “para apreciação e votação de moção com vista a uma nova reorganização administrativa que contemple a separação das freguesias da Senhora da Hora e São Mamede Infesta“.
“Esta união não beneficiou nenhuma das populações, pelo contrário, afastou-as. Queremos voltar ao passado, não queremos ser uma união de freguesias“, referiu.
Jorge Carvalho adiantou que a recolha de assinaturas não “vai ficar por aqui“, sendo o objetivo angariar mais para levar a moção à Assembleia Municipal de Matosinhos e à Assembleia da República.
O mentor do movimento salientou que pretendem “dignificar” a Senhora da Hora, questionando se a atual união não é sinónimo de desunião.
Admirado por este “desagrado” não ter surgido mais cedo, Jorge Carvalho considerou que a freguesia perdeu “em toda a linha”.
Com a reorganização administrativa, a freguesia da Senhora da Hora agregou a freguesia de São Mamede Infesta, reunindo numa única união de freguesias mais de 50.000 habitantes.
“Ora, torna-se verdadeiramente impossível uma qualquer equipa de autarcas locais dar respostas exequíveis a uma mancha de território com tanta população“, frisou.
A isto, sustentou, acrescem as “dificuldades” do facto de tal população, tal como o território, serem “tão diferentes” um do outro.
“A Senhora da Hora é um território marcadamente urbano, tendencialmente jovem – quando em comparação com os territórios vizinhos – com necessidades e anseios próprios”, ressalvou.
Jorge Carvalho lembrou que na Senhora da Hora estão localizadas três escolas do ensino superior, um hospital e pequenas e médias empresas dos mais diversos setores da atividade industrial e comercial.
Por esse motivo, o mentor do movimento entendeu que a freguesia precisa de “uma atenção exclusiva” às questões que vão surgindo, quer pela concentração de população no seu território, quer pelo facto das mesmas não serem iguais às dos territórios vizinhos, sob pena de perda em eficiência dos serviços prestados à população.
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