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Habitantes locais sentiram irritação nos olhos e dores de cabeça. Um morador retirou filhos bebés de casa por temer intoxicação.
Entre o fim da tarde de segunda-feira e o final da manhã desta terça-feira, o ar era irrespirável, com um intenso odor a gás, causou irritação nos olhos, dores de cabeça, de peito e sonolência aos moradores de Leça da Palmeira, Matosinhos.
O caso deu origem a dezenas de alertas de fuga de gás para os bombeiros. Em causa a libertação de gases da nafta que estava a ser carregada para uma embarcação, no terminal petrolífero de Leixões, “sem riscos ambientais ou para a saúde humana“, de acordo com a Galp Energia, questionada pelo CM.
“Os meus filhos, de 11 meses e 4 anos, só choravam e os meus olhos lacrimejavam. Tive logo de os tirar de casa“, disse Hugo Leal. O morador de Leça da Palmeira refere que, em mais de 30 anos, nunca sentiu um cheiro tão intenso a gás, ainda que odores semelhantes sejam habitualmente sentidos na cidade, provenientes da refinaria.
“Tive medo e até desliguei as garrafas de gás em casa“, disse Juventina Fernandes, outra moradora. O cheiro a gás invadiu as ruas, chegou ao interior de casas e até de estabelecimentos e cafés, durante cerca de 16 horas.
A Proteção Civil recebeu dezenas de alertas para falsas fugas de gás. Até um café foi evacuado durante alguns minutos. “A libertação de gases inertes deveu-se a uma hipersensibilidade das válvulas que equilibram a pressão no interior dos tanques do navio“, indicou a Galp Energia. O vento ajudou a encaminhar esses gases para terra.
O carregamento de nafta foi interrompido e permanecerá suspenso até à reparação das válvulas.
A nafta, com o odor típico do gás é um derivado de petróleo, usado na produção de gás canalizado doméstico.
in CM
Os moradores em vez de estarem sempre acusar a refinaria,deviam ser um bocadinho mais inteligentes. Neste caso nunca poderia ser da Petrogal,porque estava vento sul. Já agora ninguém reclama de o facto de uma zona tão bonita onde as pessoas caminham,estar sempre a cheirar a trampa. Como é o caso da ETAR.