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Livro assinala os 50 anos do 25 de Abril e as repercussões que teve em Matosinhos
O autor e jornalista Joaquim Queirós, figura proeminente da comunidade matosinhense, prepara-se para apresentar o seu nono livro, “Parabéns, Liberdade“, numa cerimónia especial que terá lugar no próximo dia 20 de Abril, pelas 16 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Matosinhos.
A obra, com 268 páginas, é um tributo aos 50 anos do 25 de Abril e às profundas mudanças que este acontecimento histórico trouxe a Portugal e, em particular, a Matosinhos. O design gráfico do livro fica a cargo de Nuno Leal, enquanto as imagens são da autoria de Francisco Teixeira.
Com este lançamento, cinco anos depois do seu último trabalho “Velhos são os Trapos”, o autor assinala não apenas uma data histórica importante, mas também os seus 90 anos de idade, completando-os no dia seguinte à apresentação do livro. “Este trabalho tem a particularidade de poder ser o meu derradeiro trabalho“, confessa, com um misto de emoção e gratidão. “É o fim a aproximar-se…“
Na opinião do autor, “Parabéns, Liberdade” “será e, desculpem-me a imodéstia, um repositório histórico que servirá para consulta dos vindouros e, especialmente, dos jovens, conhecendo melhor o Matosinhos do último século e, sobretudo desde que a Liberdade também passou a viver na nossa terra”.
Joaquim Queirós – “Parabéns, Liberdade”
Ao longo da sua vida, Joaquim Queirós foi um notável jornalista que se dedicou incansavelmente à profissão e à comunidade de Matosinhos, através de diversas atividades e iniciativas. O seu livro “Parabéns, Liberdade” é um reflexo dessa paixão e compromisso, servindo como um valioso testemunho da história da cidade e das suas gentes, especialmente no período desde a Revolução dos Cravos.
“Por tudo isto e como tenho de agradecer todo o carinho recebido pela gente da minha terra e de fora dela, espero a presença de todos para poder, olhos nos olhos, mostrar a minha satisfação de ver aqueles que me ajudaram a ter um fim de vida como as árvores e morrer de pé“, convida o autor.
A apresentação do livro “Parabéns, Liberdade” promete ser um momento memorável, reunindo a comunidade para celebrar a história, a liberdade e a vida dedicada de Joaquim Queirós. A obra, que se assume como um “repositório histórico” para as gerações vindouras, é um convite à reflexão e à descoberta do passado para melhor compreender o presente e construir o futuro.
“Estou à espera de todos”
Joaquim Queirós agradece a todos os que se queiram juntar a si nesta efeméride. Na sua humilde simplicidade, que tão bem o caracteriza, escreve na sua página de Facebook “será um dos últimos favores que lhes peço e que é a vossa colaboração, pois já não deverei estar disponível para folias parecidas. Não falte!”.
Sobre Joaquim Queirós – Jornalista
Joaquim Queirós nasceu em 1934, em Matosinhos, começando cedo a sua colaboração em jornais e revistas. Em novembro de 1972 tornou-se jornalista profissional, afirmando-se em periódicos como o “Jornal de Notícias” e “O Comércio do Porto”, subindo os diversos patamares da hierarquia desta profissão e tendo sido diretor deste último, um jornal centenário. Fundou e dirigiu, durante 10 anos, o trissemanário “A Gazeta dos Desportos” e, em 1993, fundou o jornal “Matosinhos Hoje”, considerado, em 1995, pelo Clube de Jornalistas de Lisboa, como o melhor jornal regional português. Recebeu o prémio de jornalismo Joaquim Alves Teixeira, instituído pelo Governo, em 1982. Foi distinguido, pelo Governo de Cavaco Silva, com a Medalha de Mérito Desportivo pelo seu desempenho na área da comunicação social. Joaquim Queirós assumiu, entre 1989 e 1993, o cargo de Vereador na Câmara Municipal de Matosinhos. Em 2013, foi galardoado pela Autarquia com a Medalha de Mérito Dourada.
Obras Publicadas:
“Memórias da Minha Rua” (1996)
“Ironia de Caldeirada” (1999)
“Mar de Gente” (2007)
“Os 50 anos do Rotary Clube de Matosinhos” (2012)
“O Rapaz do 147” (2014)
“Orfeão de Matosinhos – 10 anos (1917-2017)” (2017)
“Avenida Saudade” (2018)
“Velhos são os Trapos” (2019)
“Parabéns Liberdade” (2024)