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Aproximando-se a passos largos o novo ano de 2015, não posso deixar de fazer o que todos fazem, um balanço do que aconteceu em 2014.
Numa primeira análise apetece-me dizer que 2014 foi um ano em que nada de importante aconteceu em Leça da Palmeira. Mas também é verdade que Leça já tem as infraestruturas mais necessárias e urgentes, pelo que também não era expectável que se realizassem grandes obras em Leça.
Contudo, numa análise mais pormenorizada, vemos que ainda há muito para fazer em Leça e que pouco do que se prometeu se realizou de facto.
Posso começar pela questão do mau tempo, que destruiu os passadiços, muros e bares de apoio às praias. Passou-se um ano e as obras tardam a realizar-se. As poucas obras visíveis são em lavra e Perafita e mesmo aí andam a «passo de caracol».
A colocação de bebedouros e lava-pés nas praias de Leça, promessa de 2013, passou para o Plano de 2105.
As grandes obras anunciadas, com os milhões que a GALP ia investir no concelho de Matosinhos e em Leça da Palmeira em particular, não passaram de promessas.
Os parques infantis continuam degradados e pouco adequados à realidade atual da população leceira. No Plano de 2015, lá aparece a renovação dos parques e até foi aprovada a adequação dos mesmos para crianças de mobilidade reduzida. Esperemos que se concretize.
As obras na ETAR passam de ano para ano e não se realizam. De vez em quando lá saem notícias a informar da sua realização, mas continuamos à espera do início das mesmas.
Outras grandes obras que me parecem urgentes em Leça continuam sem se realizar, como é o caso, da requalificação da marginal, por exemplo, com o reforço da iluminação, da marcação da ciclovia, a colocação de bancos e de equipamentos desportivos.
Depois, há outras atividades que se prometem, realizam-se e pura e simplesmente desaparecem. A «Corrida do Mar», promessa eleitoral de realização de uma grande prova de atletismo em Leça da Palmeira, já foi banida do Plano de 2015. Talvez se tenha feito uma avaliação negativa da que se realizou!
Mas o ano de 2014 também nos trouxe coisas positivas.
Nestas quero destacar o programa cultural que foi desenvolvido ao longo de todo o ano. Foi um programa diversificado, que procurou aliar o passado ao presente, trouxe à discussão assuntos pertinentes do que nos marcou no passado e no que nos reserva o futuro. O calcanhar de Aquiles do programa cultural continua a ser a reduzida adesão dos leceiros. Durante muito tempo associei a falta de público a uma deficiente publicitação das atividades, mas neste momento não me parece que o mal esteja aí. As pessoas é que se acomodaram, habituaram-se a ficar em casa a ver televisão e não dão o valor necessário às atividades mais eruditas.
Outra obra positiva, embora nós, simples leceiros, pouco ou nada desfrutemos da mesma, foi a reinauguração da Casa de Chá. O preço das refeições afasta a grande massa leceira, mas não deixa de ser um símbolo para a nossa terra e que a promove além fronteiras.
Sendo este o meu último artigo de 2014, quero aproveitar para desejar a todos os que leem o que escrevo, aos que apresentam críticas e a todos os leceiros em geral, um EXCELENTE ANO DE 2015, COM GRANDES SUCESSOS PROFISSIONAIS E PESSOAIS.
Até à próxima semana.
Saudações leceiras
Joaquim Monteiro
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