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Na passada sexta-feira realizou-se mais uma assembleia geral do Leça Futebol Clube. Infelizmente, pouco mais de meia centena de associados compareceram, apesar dos esforços efetuados pela direção e por outros associados divulgação do evento. Acresce que a ordem de trabalhos era rica e importantíssima para o presente e futuro do Leça, nomeadamente a apresentação das contas e o PER (Plano Especial de Revitalização) a que o Leça se candidatou.
Saí da assembleia com muitas dúvidas acerca do futuro do clube. Como eu, com toda a certeza que saíram muitos outros. Não que não confiemos na direção, mas porque o futuro de apresenta sombrio e dependente de muitas variáveis. A direção do Leça Futebol Clube até conseguiu um feito notável, pois apesar das dúvidas, os presentes, quase unanimemente, votaram favoravelmente as suas propostas, o que entendo como sinal de confiança nos órgãos diretivos do clube.
Relativamente às contas do clube, estas continuam por apresentar e, por isso, ainda não foram sujeitas a sufrágio dos associados. A razão para a sua não apresentação prendeu-se com o início do PER. Contudo, ficamos a saber que as dívidas do Leça ascendem a mais de uma dezena de milhões de euros.
Mas o que mais preocupa é o PER. Não conheço muitas empresas/instituições que tenham conseguido evitar a insolvência (vulgo falência) através de um PER. Ganha-se algum tempo, mas pouco mais. Claro que as dívidas exigidas pelos credores não são todas reais, muitos exageram os valores para tentar receber algum do dinheiro a que têm direito. Claro que muitos credores entrarão em acordo com o Leça para um pagamento faseado. Mas para negociar é preciso ter fonte de rendimento, que é o que o Leça de momento não tem.
Por isso mesmo a direção considera que só há uma saída: um projeto imobiliário. Não é um projeto de reconversão do PDM, de transformação da área exclusivamente desportiva numa outra tipologia. Pretende-se sim, criar uma espécie de Arena, tal como existem várias por essa Europa fora, em que o estádio de futebol fica integrado numa área de serviços e comércio. Além disso, o próprio estádio é concebido para diferentes valências que não só o futebol (por exemplo, espetáculos musicais). Parece que há investidores interessados neste projeto.
A concretização deste projeto depende de muitas variáveis e daí a minha preocupação. Começa logo pelo grupo de investidores. Alguns associados, em plena assembleia, mostraram algum desconforto, pois já tivemos exemplos negativos de investidores noutros clubes. Mas como não sabemos quem são, não vale a pena especular, daí que neste momento seja a menor das preocupações.
A maior preocupação prende-se com a Câmara Municipal de Matosinhos (CMM). Esta semana decorrerá uma reunião entre a edilidade e o Leça Futebol Clube e do resultado dessa reunião pode ficar traçado o destino do Leça. No entanto, não é certo que o entendimento da CMM no que respeita a este projeto e à sua integração no PDM seja o mesmo da direção do Leça.
Por uma questão de princípio, não gosto de «colocar os ovos todos no mesmo cesto». Compreendo e aceito a decisão da direção. Espero sinceramente que a CMM seja compreensiva para com o problema do Leça e que tudo corra pelo melhor. Mas se tal não acontecer, confio que esta direção tem capacidade para encontrar outro caminho.
VIVA O LEÇA FUTEBOL CLUBE, UM CLUBE CENTENÁRIO.
Até à próxima semana.
Saudações leceiras
Joaquim Monteiro
Sou brasileiro treinador de futebol . Tenho experiência em clube grande no Brasil como jogador e como treinador. pesquisando na Internet avistei a equipe do Leça e queria muito que pudesse me dar oportunidade de mostrar meu trabalho e se deixar eu poderia Enviar um currículo meu para trabalhar e ajuda no crescimento de vossa equipe … Se possível gostaria de sua atenção. Muito obrigado
Everton Araújo