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Com limite legal a 15 de março e com multas que podem ascender a 120 mil euros.
Inquérito diz que a procura e preço do serviço caíram 60% e 38%, respetivamente, face a 2020
A limpeza de terrenos é fundamental para a prevenção dos fogos em Portugal e a lei determina que todos devem estar limpos até ao dia 15 de março, só que um inquérito da Fixando, junto de 1.780 proprietários, diz que 44% ainda não efetuou qualquer limpeza, 31% não tem dinheiro, 21% não conhece quem o faça, 19% não tem disponibilidade e 17% alega que a meteorologia não é favorável.
O inquérito, realizado entre os dias 17 e 22 de fevereiro, indica ainda que 65% desconhece que a coima pode ascender a €120.000 em caso de incumprimento, embora concorde com a lei.
Ficou a saber-se também que os proprietários gastam em média €375/ano com a limpeza e manutenção dos terrenos, mas cada vez mais, devido aos custos, cerca de 40% já o faz sozinho sem apoio de profissionais e apenas 35% recorre a profissionais.
A Fixando, que detém a maior plataforma para a contratação de serviços locais, foi por isso analisar o setor e verificou que a procura dos profissionais de limpeza de terrenos caiu 63% este ano face a 2020.
“Talvez por uma quebra generalizada dos rendimentos, aliada ao confinamento, a procura diminuiu drasticamente, mas os preços médios do serviço também caíram 38% para €325, quando em 2020 esse custo rondaria os €526, o que tem levado a que muitos optem por fazê-lo sozinhos”, explica Alice Nunes, diretora de Desenvolvimento de Negócio da Fixando.
O que dizem alguns Proprietários (que preferiram anonimato):
“A limpeza de terrenos é essencial para evitar os incêndios e manter o ambiente mais agradável aos olhos, se todos colaborássemos evitava-se o pior”;
“Limpeza com moderação sempre, ou ficamos então sem floresta. As pessoas não querem só cimento, a natureza é muito mais importante”;
“Devia-se fazer muito mais para castigar quem deixa os terrenos ao abandono”.