Liturgia Familiar: 10.º Domingo do Tempo Comum – B

Liturgia Familiar: 10.º Domingo Comum - B
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Quem é Minha Mãe e quem são Meus irmãos?

Neste 10.º Domingo do Tempo Comum, é bom pensar que a família se afirma e cresce, dia a dia, como pequenina Igreja doméstica, à mesa da Palavra.
A nova família de Jesus reúne-se, em cada Domingo, na nossa casa comum, a nossa igreja paroquial, à volta de Jesus, para se sentar à mesa da Palavra e da Eucaristia. Nunca o devemos esquecer. A igreja é o lugar por excelência da nossa “reunião” semanal.
A palavra bíblica deste Domingo confronta-nos com a desobediência, anuncia as nossas infidelidades. E também exorta a não desanimar, pois recorda a existência de uma “graça mais abundante”. Em Deus está o perdão. Junto d’Ele como canta o salmista, está a misericórdia e a abundante redenção.

LITURGIA FAMILIAR

SAUDAÇÃO

Guia: Os que, à volta da mesa, comem do mesmo Pão e bebem do mesmo cálice do Sangue de Cristo tornam-se consanguíneos, única família de Jesus Cristo. É bom pensar que esta família também se afirma e cresce, dia a dia, como “igreja doméstica”, à mesa da Palavra. Sem esquecer que a nova família de Jesus Cristo se reúne, em cada domingo, à volta do Senhor, para se sentar à mesa da Palavra e da Eucaristia.

Guia: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.

Todos: Ámen.

PEDIMOS PERDÃO

Guia: Deixemos que Jesus Cristo nos liberte da força destruidora do pecado, com o dom e a abundância da sua misericórdia.

  • És o Caminho e a Palavra que conduz ao Pai: Senhor, misericórdia!

Todos: Senhor, misericórdia!

  • Tudo sustentas com o poder da Palavra: Cristo, misericórdia!

Todos: Cristo, misericórdia!

  • Fazes passar da morte à vida a quem escuta a Palavra: Senhor, misericórdia!

Todos: Senhor, misericórdia!

ACOLHEMOS A PALAVRA

Leitura da segunda epístola de São Paulo aos Coríntios – 4, 13ss. 15, 1

Irmãos: Diz a Escritura:
“Acreditei; por isso falei”.
Com este mesmo espírito de fé, também nós acreditamos, e por isso falamos,
sabendo que Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus
também nos há de ressuscitar com Jesus e nos levará convosco para junto d’Ele.
Tudo isto é por vossa causa, para que uma graça mais abundante
multiplique as ações de graças de um maior número de cristãos para glória de Deus.
Por isso, não desanimamos.
Ainda que em nós o homem exterior se vá arruinando,
o homem interior vai-se renovando de dia para dia.
Porque a ligeira aflição dum momento prepara-nos,
para além de toda e qualquer medida, um peso eterno de glória.
Não olhamos para as coisas visíveis, olhamos para as invisíveis:
as coisas visíveis são passageiras, ao passo que as invisíveis são eternas.
Bem sabemos que, se esta tenda, que é a nossa morada terrestre, for desfeita,
recebemos nos Céus uma habitação eterna, que é obra de Deus
e não é feita pela mão dos homens.

PARTILHAMOS A PALAVRA

O nosso coração, escreveu Paolo Scquizzato, “tem um vazio em forma de Deus”. Por isso, “não conhecerá quietude senão quando repousar no infinito, naquilo que, só isso, pode encher o seu abismo interior”. Precisamos de ‘tocar’ o infinito, “necessitamos de uma brecha sobre a realidade que ponha em comunicação com algo de grande, de diferente, de além. De imenso”. O Espírito renova o ser ‘interior’, faz germinar dentro de nós a fonte da alegria, dá-nos a conhecer a beleza da vida, acende nos nossos corações o amor pelas ‘coisas invisíveis’, lembra-nos que somos habitados por uma ‘graça mais abundante’ que a nossa fragilidade e o nosso pecado. O Espírito Santo ajuda-nos a estar atentos ao que acontece dentro de nós e ao nosso redor, impede-nos de viver como meros espectadores da nossa existência. Faz de nós seres espirituais, membros da família divina. Diz Jesus Cristo, na passagem do evangelho deste domingo: “Quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe”. Hoje, como ontem, não desiste de nós. O Espírito de Deus quer inspirar e transformar a nossa vida. Os que se fazem dóceis ao Espírito Santo aprendem a não ficar apegados ao passageiro das ‘coisas visíveis’, os seus corações sabem reconhecer o valor eterno das ‘coisas invisíveis’.

APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECES

Guia: Apresentemos as nossas intenções a Deus, Pai de misericórdia, deixando ressoar em nós a Sua palavra. Rezemos: Acolhe as nossas preces!

  • Pela Santa Igreja: para que cresça e apareça no mundo como única família de Jesus Cristo, nós Te pedimos:

Todos: Acolhe as nossas preces.

  • Pelos que governam os povos: para que combatam todas as formas de corrupção e sirvam o bem comum, nós Te pedimos:

Todos: Acolhe as nossas preces.

  • Pelas crianças que celebram as festas da catequese e suas famílias: para que se deixem nutrir e fortalecer à mesa da Palavra e da Eucaristia, nós Te pedimos:

Todos: Acolhe as nossas preces.

  • Pela nossa família: para que, à imagem de Maria e de José, acolhamos a palavra divina, procurando nela a sabedoria para descobrir e cumprir sempre a Tua vontade, nós Te pedimos:

Todos: Acolhe as nossas preces.

[acrescenta a tua intenção], nós Te pedimos:

Todos: Acolhe as nossas preces.

Guia: Filhos amados de Deus, como irmãos, rezamos:

Todos: Pai nosso…

ASSUMIMOS UM COMPROMISSO

Guia: Ao abrir a Bíblia, o confronto com a nossa fraqueza, também se pode transformar em “graça mais abundante”. A escuta e a partilha da Palavra de Deus, em família, ajuda-nos a abrir o coração à docilidade do Espírito Santo, a reconhecer as nossas fragilidades, a celebrar e a viver juntos o perdão de Deus e de uns para com os outros.

Bendigamos o Senhor!

Todos: Graças a Deus!

BÊNÇÃO DA FAMÍLIA E DA MESA

Guia: Senhor, vem habitar a nossa casa. O Teu Espírito de paz desfaça toda a maldade que se aninha nos nossos corações e nos torne cada vez mais família, unida e reunida no Teu amor. Ensina-nos a saborear com gratidão e a partilhar com alegria os frutos da terra, do sol e da chuva, do trabalho humano e das nossas canseiras, para vivermos sempre segundo a tua vontade.

Todos: Ámen.

Por: Padre Francisco Andrade
Pároco de Leça da Palmeira


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