Liturgia Familiar: Proposta para o 4.º Domingo Comum – Ano B

Liturgia Familiar: Proposta para o 4.º Domingo Comum - Ano B
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Todos se maravilhavam com a Sua doutrina…


A palavra de ordem nestes dias difíceis que estamos a viver é: “Fiquem em casa”.

Todos temos o dever de confinar, o mais possível, para evitar contágios e podermos eliminar esta Pandemia que nos vai acorrentando.

Como cristãos, somos convidados a dar continuidade à nossa vivência cristã, celebrando a fé. Podemos e devemos fazê-lo em nossas casas: celebrando em família a Eucaristia através da televisão ou redes socias (Facebook da Paróquia, por exemplo), servindo-nos desta proposta de liturgia familiar que semana após semana chega às nossas mãos e, pela oração pessoal que muitos vamos fazendo.

Continuemos a pedir ao Senhor da Misericórdia que tenha compaixão de nós e, na Sua bondade infinita nos salve desta Pandemia.

LITURGIA FAMILIAR

SAUDAÇÃO

Guia: Jesus Cristo entra na sinagoga, e ali ensina com a autoridade, que Lhe vem da Sua proximidade, da Sua unidade, da Sua coerência de vida! A Sua palavra é eficaz e os gestos eloquentes. o Mestre é o que diz. Ele faz ao dizer. Ele fala ao fazer. Ele enfrenta e afronta o mal pela sua raiz. Jesus Cristo liberta-nos do pecado que nos divide. No fulgor da luz deste Deus Santo, reconheçamos as sombrias regiões dos nossos pecados, sobretudo os de incoerência e de desobediência à palavra de Deus. Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.

Todos: Ámen.

PEDIMOS PERDÃO

Um membro da família: Porque nem sempre fazemos o que dizemos, nem cumprimos o que mandamos: Senhor, misericórdia!

Todos: Senhor, misericórdia!

Um membro da família: Porque abusamos da nossa autoridade e impomos aos outros aquilo que não escolhemos para nós: Cristo, misericórdia!

Todos: Cristo, misericórdia!

Um membro da família: Porque nem sempre escutamos a voz do Senhor, na sua Palavra e na palavra daqueles que nos guiam no caminho da fé: Senhor, misericórdia!

Todos: Senhor, misericórdia!

ACOLHEMOS A PALAVRA

Leitura do Santo Evangelho segundo São Marcos – 1, 21-28

Jesus chegou a Cafarnaum e quando, no sábado seguinte,
entrou na sinagoga e começou a ensinar,
todos se maravilhavam com a sua doutrina,
porque os ensinava com autoridade e não como os escribas.
Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a gritar:
“Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder?
Sei quem Tu és: o Santo de Deus”.
Jesus repreendeu-o, dizendo: “Cala-te e sai desse homem”.
O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele.
Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros:
“Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade,
que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!”.
E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia.

PARTILHAMOS A PALAVRA

Guia: As palavras (doutrina) de Jesus vão acompanhadas de ações coerentes. Esta é a ‘autoridade’ do Mestre. A falta de autoridade, dos políticos, dos sacerdotes, dos pais, dos educadores, vem sempre daqui: da incoerência, do desfasamento, do desencontro entre ser e parecer, entre dizer e fazer, entre o que se impõe aos outros e o que se vive para si mesmo. A autoridade do político, do educador, do pai e da mãe, do evangelizador, pelo contrário, vem da coerência, do esforço de unidade e de sintonia entre o ser, o dizer e o fazer. “Sem coerência não é possível educar! Não há delegações nesse campo”. “A coerência é um fator indispensável na educação. Coerência! Não se consegue fazer crescer, não se pode educar, sem coerência. Coerência e testemunho”. Precisamos muito de educadores cristãos e de cristãos educadores, coerentes, credíveis, testemunhas luminosas, que irradiem a beleza da santidade, do bem e da verdade. Que o Senhor faça surgir, do meio de nós, profetas, educadores e testemunhas que, ao jeito de Moisés e no seguimento de Jesus, sejam, ao mesmo tempo, imagem e mensagem, palavra que realiza e obra que fala por si.

APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECES

Guia: Conscientes das nossas divisões e fraquezas, pedimos a Deus que venha em nosso auxílio e nos liberte do pecado, dizendo: Livra-nos de todo o ma!

Todos: Livra-nos de todo o mal!

Um membro da família: Pela Santa Igreja: para que a autoridade que recebe do alto se afirme na capacidade de descer e de se aproximar dos que estão no abismo da pobreza, da solidão e da tristeza, nós te pedimos:

Todos: Livra-nos de todo o mal!

Um membro da família: Pelos que governam: para que a sua autoridade política seja firmada pela coerência da palavra, nós te pedimos:

Todos: Livra-nos de todo o mal!

Um membro da família: Pelo nosso pároco, pelos leitores e catequistas, pelos pais e padrinhos e por quantos exercem o ministério profético: para que sejam testemunhas vivas da palavra que anunciam, nós te pedimos:

Todos: Livra-nos de todo o mal!

Um membro da família: Pela nossa família: para que a fé professada e celebrada seja vivida e testemunhada no meio do mundo, nós te pedimos:

Todos: Livra-nos de todo o mal!

Um membro da família: [acrescenta a tua intenção], nós te pedimos:

Todos: Livra-nos de todo o mal!

Guia: Na oração pomos tudo nas mãos de Deus, libertamo-nos do peso das preocupações. Como filhos amados ousamos rezar:

Todos: Pai nosso…

ASSUMIMOS UM COMPROMISSO

Guia: Vamos assumir uma rotina quotidiana para nos sentarmos, dispondo-nos a abrir o coração à palavra de Deus, através da leitura diária da Bíblia. É importante instituir o gosto de nos sentarmos (sozinhos, em casal, com os filhos, com os netos), para escutar a voz do Pai Celeste que, por meio das Escrituras, «vem amorosamente conversar com os seus filhos». Bendigamos o Senhor!

Todos: Graças a Deus! 

BÊNÇÃO DA FAMÍLIA E DA MESA

[PARA REZAR ANTES DA REFEIÇÃO EM FAMÍLIA]

Guia: Senhor, estás no meio de nós. Tu és o pão da nossa unidade e a luz acesa sobre a nossa mesa. Não permitas que as preocupações da vida e o sofrimento da pandemia nos desviem de Ti ou nos tornem surdos aos gritos dos que mais precisam de ajuda. Dá-nos a tua bênção de amor e paz, de esperança e alegria.

Todos: Ámen. 

Por: Padre Francisco Andrade
Pároco de Leça da Palmeira


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