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Todos Te procuram…
Seria admirável que assim fosse: que todos procurassem o Senhor.
Não por interesse, como tantas vezes acontece, mas com amor e confiança, sobretudo com a certeza que Ele é o nosso porto seguro.
Nesta hora singular que estamos a viver, temos urgência em O procurar sem cessar e, diante d’Ele, arrependidos nos “humilharmos”, pedindo: “Vem Senhor, vem depressa socorrer-nos; vem libertar-nos desta pandemia que nos traz assustados e acorrentados. Se quiseres podes curar-nos.
LITURGIA FAMILIAR
SAUDAÇÃO
Guia: No diário feito pelo evangelista Marcos, Jesus Cristo tem tempo para estar com as pessoas e também para rezar. Tempo para Deus e tempo para os irmãos. Impressiona o tempo que Jesus dedica às pessoas doentes. Hoje, pensemos, de modo particular, nas pessoas que sofrem em todo o mundo os efeitos da pandemia do coronavírus. A todos, especialmente aos mais pobres e marginalizados, queremos exprimir a proximidade espiritual de Jesus Cristo e assegurar a solicitude e o afeto da Igreja. Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
Todos: Ámen.
PEDIMOS PERDÃO
Um membro da família: A tua palavra enche-nos de alegria; mas são tantas as vezes que não lhe prestamos a necessária atenção. Senhor, misericórdia!
Todos: Senhor, misericórdia!
Um membro da família: Tu te compadeceste da multidão curando os doentes; mas são tantas as vezes em que resistimos ao teu amor e não nos deixamos curar. Cristo, misericórdia!
Todos: Cristo, misericórdia!
Um membro da família: Somos chamados à intimidade contigo, na experiência da oração; mas são tantas as vezes em que só nos preocupamos com a ação. Senhor, misericórdia!
Todos: Senhor, misericórdia!
ACOLHEMOS A PALAVRA
Leitura do Santo Evangelho segundo São Marcos – 1, 29-39
Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André.
A sogra de Simão estava de cama com febre e logo Lhe falaram dela.
Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a.
A febre deixou-a e ela começou a servi-los. Ao cair da tarde, já depois do sol-posto,
trouxeram-Lhe todos os doentes e possessos e a cidade inteira ficou reunida diante da porta.
Jesus curou muitas pessoas, que eram atormentadas por várias doenças,
e expulsou muitos demónios.
Mas não deixava que os demónios falassem, porque sabiam quem Ele era.
De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu.
Retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar.
Simão e os companheiros foram à procura d’Ele e, quando O encontraram, disseram-Lhe:
“Todos Te procuram”. Ele respondeu-lhes: “Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas,
a fim de pregar aí também, porque foi para isso que Eu vim”.
E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.
PARTILHAMOS A PALAVRA
Guia: A sogra de Simão estava com febre! Alguém o diz a Jesus. E a resposta de Jesus é imediata: aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a. Pensemos nestes três gestos simples que curam: o primeiro gesto é o da proximidade. E a sua proximidade é um bálsamo precioso, que dá apoio e consolação a quem sofre, testemunhando assim que a doença não é um castigo e que cada vida humana tem um valor único e irrepetível, mesmo no limite extremo da fragilidade. Em muitos casos, sabemos que não podemos curar. Mas temos sempre o dever de cuidar até ao fim.
O segundo gesto terapêutico de Jesus é o da sua mão estendida, mão que protege o orante, mão que acaricia e contagia o amor, mão que suporta e sustenta a fragilidade da mulher, comunicando-lhe a força e o vigor.
O terceiro gesto de Jesus é já anúncio e prenúncio de ressurreição: com a força da Sua mão, Jesus levanta-a do chão, ergue-a para o alto, põe-na de pé. E ela, uma vez curada, começa a servi-los, mostrando-se assim discípula d’Aquele Jesus que não veio para ser servido, mas para servir. E hoje servir “significa cuidar dos frágeis das nossas famílias, da nossa sociedade, do nosso povo. O serviço fixa sempre o rosto do irmão, toca a sua carne, sente a sua proximidade e, em alguns casos, até ‘padece’ com o doente e procura a promoção do irmão” (FT 115).
Procuremos, pelos meios que estiverem ao nosso alcance, que ninguém fique sozinho, nem se sinta excluído e abandonado. Neste tempo de pandemia, cuidemos ainda mais uns dos outros, com amor fraterno! Somos todos irmãos.
APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECES
Guia: Jesus Cristo “retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a rezar”. Unidos e reunidos pelo Mestre, confiemos ao Pai as nossas e as súplicas da humanidade, dizendo: Escuta a nossa oração!
Todos: Escuta a nossa oração!
Um membro da família: Pela Igreja: seja a ‘casa de Pedro’, comunidade capaz de curar, que não abandona, que inclui e a todos acolhe, sobretudo os mais frágeis, nós Te pedimos:
Todos: Escuta a nossa oração!
Um membro da família: Pelos governantes: deem prioridade ao investimento nos cuidados e assistência das pessoas doentes, seguindo o princípio de que a saúde é um bem comum primário, nós Te pedimos:
Todos: Escuta a nossa oração!
Um membro da família: Pelas vítimas da pandemia: para que sintam, nos cuidados prestados pelos profissionais de saúde, a compaixão de Jesus Cristo, que passou fazendo o bem e curando os doentes, nós Te pedimos:
Todos: Escuta a nossa oração!
Um membro da família: Pela nossa família: para que saibamos cuidar dos mais frágeis, com amor fraterno, para que ninguém fique sozinho, nem se sinta excluído e abandonado, nós te pedimos: Todos: Escuta a nossa oração!
Um membro da família: [acrescenta a tua intenção], nós Te pedimos:
Todos: Escuta a nossa oração!
Guia: Filhos amados de Deus rezamos com confiança:
Todos: Pai nosso…
ASSUMIMOS UM COMPROMISSO
Guia: Eis a chave no cuidado dos doentes: ver com os próprios olhos, isto é, ver com o coração de Deus; aproximar-se; calar-se e deixar falar somente o amor. É um bom programa, para vivermos este tempo de pandemia, na proximidade do Dia Mundial do Doente (a 11 de fevereiro). Bendigamos o Senhor!
Todos: Graças a Deus!
BÊNÇÃO DA FAMÍLIA E DA MESA
Guia: Senhor, estás perto dos corações atribulados: permanece em nossa casa; consola-nos com a Tua presença: alimenta-nos com a Tua palavra; estende-nos a Tua mão. ConTigo aprendamos a partilhar o Pão da Palavra, o Pão da Eucaristia e o pão de cada dia.
Todos: Ámen.
Por: Padre Francisco Andrade
Pároco de Leça da Palmeira
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