Manifestação nacional exige mudanças urgentes na política de habitação

Programa Nacional de Habitação 2022 – 2026
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A crise habitacional em Portugal continua a agravar-se, levando milhares de cidadãos a saírem às ruas pela quarta vez num ano e meio.


O Movimento Porta a Porta organiza, pela quarta vez num ano e meio, a manifestação “Casa para Viver“, que se realiza no dia 28 de setembro em várias cidades de norte a sul do país e nas ilhas. A mobilização surge em resposta ao agravamento da crise habitacional, que afeta cada vez mais portugueses.

De acordo com o movimento, as três manifestações anteriores trouxeram alguns avanços, ainda que tímidos.

Os manifestantes criticam o governo anterior do PS por favorecer os interesses dos grandes proprietários e da banca, em detrimento das necessidades daqueles que precisam de uma casa para viver. Apesar disso, as manifestações mostraram que uma política diferente é possível e necessária.

Movimento Porta a Porta

“O atual governo, composto pelo PSD e CDS, com o apoio da IL e do Chega, e com o PS a apoiar no essencial da política de habitação, agravou ainda mais a situação. Muitos portugueses, cujos salários, reformas ou pensões já são insuficientes para pagar a renda ou o crédito, veem-se agora em condições financeiras ainda mais precárias”.

“Enquanto isso, os cinco maiores bancos em Portugal lucraram, no primeiro semestre deste ano, 14,5 milhões de euros por dia. Este lucro é gerado pelas prestações das casas, enquanto a vida dos cidadãos fica cada vez mais difícil. Os grandes senhorios também acumulam lucros extraordinários, tornando impossível arrendar uma casa a preços compatíveis com os salários do país e com contratos que ofereçam estabilidade a médio prazo”, criticam os organizadores.

Com a manifestação “Casa para Viver”, o movimento quer dar voz a todos aqueles que lutam por uma habitação digna e apelar a uma mudança nas políticas habitacionais. “Por todo o país, vamos exigir as soluções que, de facto, colocam quem vive e trabalha no nosso país e precisa de Casa para Viver em primeiro lugar! É urgente alterar as políticas de habitação”, concluem os organizadores.



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