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Desde a inauguração, em 2007, a Ponte Móvel sofreu quatro avarias (2013, 2018, 2019 e 2020). Está encerrada previsivelmente até 30 de abril.
Pedro Sousa, presidente da União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, afirmou hoje que a comunidade local está a preparar “uma marcha lenta” em cima do tabuleiro da Ponte Móvel sobre o Porto de Leixões, que une as duas cidades. A presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro reivindicou hoje ao Governo a construção de uma terceira travessia.
“Até agora a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana (APDL) tem levado de ânimo leve os constrangimentos infligidos às pessoas e ignorado, em absoluto, os avisos e sugestões da Junta de Freguesia. Pelos vistos, e porque o povo está cansado de tanta indiferença, estará a ser organizada uma manifestação, pacífica, para que o Porto de Leixoes perceba que tem mesmo que saber conviver com a cidade”, indica o autarca em comunicado.
A travessia encerrou na quarta-feira, por um mês, para trabalhos de manutenção. “São avarias a mais e justificações a menos. Têm sido inúmeras as interdições prolongadas, sem que sejam encontrados os responsáveis e imputadas as devidas consequências. Agora o povo é confrontado com mais mês inteiro de encerramento da circulação na ponte. Quais os impactos para as pessoas que a utilizam para ir trabalhar? Quais as consequências para o comércio local e centenas de empresas e serviços?”, questiona Pedro Sousa.
Luísa Salgueiro, presidente da Câmara de Matosinhos, defende a construção de uma terceira ponte. “Não ignoro a dificuldade em inserir novas ligações rodoviárias em programas comunitários de financiamento, mas esta nova via de trânsito local, destinada a peões, transporte público e velocípedes, assume particular importância não só para o aumento da qualidade de vida dos residentes nesta cidade do concelho, como também na qualidade de atração do território para a fixação de novas empresas, particularmente intensivas em trabalho qualificado”, indicou numa carta endereçada ao ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.
Desde a inauguração, em 2007, a Ponte Móvel sofreu quatro avarias (2013, 2018, 2019 e 2020). Está encerrada previsivelmente até 30 de abril.