Matosinhos escreve poesia junto às passadeiras

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A Festa da Poesia, que decorre em Matosinhos nos dias 7 e 8 de dezembro, vai espalhar versos junto a passadeiras do centro da cidade. E haverá rosas com poemas para oferecer às mulheres.
Imagine-se um peão à espera de atravessar a rua junto a uma passadeira. De repente, repara que “É à janela dos filhos que as mulheres respiram”, como diz Daniel Faria.

A partir de 7 de dezembro, muitos vão ser os versos escritos nas ruas do centro de Matosinhos e em zonas de tráfego mais intenso. E haverá 200 rosas com poemas para oferecer a outras tantas mulheres. Estas são algumas das iniciativas da Festa da Poesia, que decorre a 7 e 8.

Os versos são extraídos do livro “Cem poemas para salvar a nossa vida”, lançado na edição do ano passado sob coordenação de Francisco José Viegas. O objetivo é celebrar e eternizar a poesia junto às passadeiras da cidade e nas mentes de quem vai lê-la.

As frases serão pintadas com recurso a stencil e é provável que surjam em cores garridas. A Câmara chamou a esta iniciativa “No meio do caminho havia um verso” e ainda está a definir os locais e a escolher os versos.

Na passagem dos 85 anos da morte de Florbela Espanca – a poetisa que viveu em Matosinhos suicidou-se no dia em que completou 36 anos, 8 de dezembro de 1930 -, a 11.ª edição da Festa da Poesia inclui ainda dois momentos de homenagem a Maria de Jesus Barroso, desaparecida em julho. Uma dessas sessões parte de um verso de Políbio Gomes dos Santos. Na outra, será lembrado o projeto que partilhou com a guitarrista Luísa Amaro.

A Biblioteca Florbela Espanca acolhe a maior parte das iniciativas. Do programa fazem igualmente parte o lançamento do livro “Cem poemas para…”, compilação de textos escritos no feminino, e a repetição da performance “Poemas de olhos fechados”, completamente às escuras para que a palavra tenha toda a primazia.

in JN


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