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A junção das freguesias de Leça da Palmeira e Matosinhos levou a que passássemos a ter uma só freguesia, com o mesmo Executivo de Junta. Por suposto, também as ações do executivo da Junta seriam iguais para ambas as «partes» da atual freguesia.
Digo isto, porque tenho grandes dúvidas que tal esteja a acontecer.
Ainda ontem, sábado, dia 29 de novembro, tive o cuidado de conduzir por algumas das principais artérias de Leça e Matosinhos e constatei que em Matosinhos a iluminação de Natal já estava ligada e, no lado de Leça, continuava desligada. TRATAMENTO DESIGUAL?
Também no dia de ontem, a comunicação social, nomeadamente o JN, trazia uma pequena informação referente à iluminação natalícia em Matosinhos. Segundo essa notícia, as luzes foram ligadas na passada sexta-feira e estarão ligadas até 8 de janeiro e representam um esforço financeiro de 41,5 mil euros, mais IVA. Acrescenta, ainda, que sendo o investimento o mesmo do ano transato, foi possível alargar a iluminação à Zona Histórica de Leça e a animação até à área de restauração aí existente.
Ora no meu périplo pela cidade, constatei que em Leça da Palmeira a única rua com iluminação, embora desligada, é a rua Hintze Ribeiro. Não me parece que a Zona Histórica de Leça se resuma a uma rua.
Acresce que, em Matosinhos, as ruas iluminadas abrangem a zona da Câmara, Parque Basílio Teles, Avenida da República, Álvaro Castelões, Mercado. TRATAMENTO DESIGUAL?
Claro que alguns não hesitarão em afirmar que ainda se está a colocar a iluminação e, outros, que parte da iluminação colocada em Matosinhos é responsabilidade da Câmara. A todos eles deixo aqui uma pergunta: a cidade de Matosinhos não é formada pelas freguesias de Matosinhos e Leça, que agora se encontram fundidas? Mesmo que a Câmara decida apenas intervir na iluminação na cidade onde se encontra, obrigatoriamente tem de tratar Matosinhos e Leça de igual forma. TRATAMENTO DESIGUAL?
Mas este contraste não se limita à iluminação de Natal. Há poucos dias, a Junta de Freguesia convidou os comerciantes de Leça (só me refiro a estes, pois são os que sei que foram convidados) com o pretexto de estimular e dinamizar o comércio local.
Os comerciantes que aceitaram o convite acreditavam que o executivo da Junta lhes iria apresentar um programa de revitalização e dinamização do comércio local. Contudo, não era mais que uma proposta que passava pela cobrança de 150€ a cada comerciante para a colocação de música, de uma passadeira vermelha, passar anúncios na rádio, distribuir flyers com o lema «Neste Natal compre no comércio local».
Não me compete a mim analisar aqui se serão estas medidas e apenas nesta época do ano que vão salvar o comércio local. É um assunto para ser tratado em órgãos próprios. No entanto, estranho que o valor pedido a cada comerciante fosse fixo, independentemente da adesão de 10, 30, ou 50.
Até à próxima semana.
Saudações leceiras
Joaquim Monteiro
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