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Entre fevereiro de 2010 e janeiro de 2011, mandou levantar 40 cheques da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Leixões, à qual presidia, e ficou com o dinheiro. Em alguns, assinou com o nome do vice-presidente da direção, sem autorização deste. Vítor Ribeiro foi acusado pelo Ministério Público (MP) de desviar 45 749 euros e responde por um crime de peculato e outro de falsificação de documento. “Não sei de nada e tenho a consciência tranquila”, disse ao CM, sem tecer mais comentários.
“Pelo menos desde o ano de 2010 que o arguido delineou um plano com vista a apropriar-se dos montantes pertencentes à associação, tendo decidido passar a utilizar tais montantes em proveito próprio”, refere a acusação. O MP acrescenta que, “como forma de evitar ser identificado nos levantamentos dos mencionados cheques”, entregava-os a um funcionário da associação humanitária ou a um amigo, aos quais solicitava que fizessem o levantamento ou depósito – situação a que todos acediam por não terem motivo para desconfiar das intenções.
A acusação indica ainda que os montantes não diziam respeito a quaisquer despesas nem têm correspondência com qualquer ordem de pagamento que pendesse sobre a associação humanitária e foram utilizados pelo arguido Vítor Ribeiro “em proveito próprio”, causando prejuízo à instituição que dirigia.
Já em junho deste ano, a atual direção dos Bombeiros de Leixões referia que a associação humanitária passava por grandes dificuldades financeiras, a braços com uma dívida de cerca de 300 mil euros. Havia mesmo funcionários que tinham salários em atraso há vários meses. Havia ainda um processo-crime contra incertos por utilização de fundos de forma duvidosa.
in CM
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