Matosinhos quer alterar sentidos e reduzir velocidade na Baixa

Destino de Praia - Matosinhos
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A Câmara de Matosinhos tem uma proposta para alterar alguns sentidos de trânsito no centro da cidade e limitar a velocidade em alguns troços, mas vai ouvir os cidadãos sobre ela. Na reunião do executivo desta terça-feira deverá ser aprovada a proposta do Conceito de Circulação da Baixa de Matosinhos, que será submetida a discussão pública durante 60 dias.
O executivo liderado por Guilherme Pinto deverá ainda aprovar a aquisição de serviços ao Instituto da Construção da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), para que este elabora o Plano de Mobilidade e Transportes para o concelho. O custo previsto é superior a 74 mil euros.

Entre as alterações que a autarquia pretende implementar está a introdução de novos limites de velocidade “num conjunto de troços de rua Conde S. Salvador, Gago Coutinho e Primeiro de Dezembro”, com a possibilidade deste “conceito de zona 20/30” poder ser alargado, posteriormente, a outros pontos da cidade. Para que tal seja possível, a proposta do vereador da Mobilidade, José Pedro Rodrigues, é que se façam “os ajustes e alterações necessários (que se encontram em estudo” para a aplicação da medida. Mas esta não é a única mudança proposta pela câmara.

O documento, a que o PÚBLICO teve acesso, propõe ainda que seja alterado o sentido único da Rua Roberto Ivens “ficando sentido único de norte para sul, desde a Avenida Duarte Pacheco até ao final da Avenida Norton de Matos, junto à saída para a Anémona”. Uma alteração que deverá ser acompanhada pela passagem dos dois sentidos actuais a um sentido único de norte para sul, entre a rotunda de Passos Manuel e o cruzamento da Rua de Sousa Aroso. Também o sentido único da Rua Heróis de França será alterado, passando a funcionar de sul para norte a partir do cruzamento da Rua Roberto Ivens com a Avenida Menéres até à entrada da Docapesca. A partir daqui, acrescenta o documento, mantêm-se os dois sentidos actuais, “sendo o troço desde o final norte da Avenida Serpa Pinto até à entrada da Docapesca condicionado, aguardando-se o desenvolvimento no interior do Porto de Leixões”.

[h2]Novo Plano de Mobilidade e Transporte para o concelho de Matosinhos[/h2] No caso da Avenida Serpa Pinto, a câmara quer manter a artéria com dois sentidos, mas ficando todos os arruamentos paralelos, com excepção da Rua de Brito Capelo, com sentidos únicos alternados até à Avenida D. Afonso Henriques. A última proposta colocada a discussão pública é a ampliação dos arruamentos ou troços de circulação condicionada – rua e travessa de Camacho Teixeira, Rua de S. Pedro, Rua do Sul, Rua de S. Sebastião e troço nascente de Gago Coutinho.

O novo conceito de circulação na Baixa de Matosinhos será submetido à votação do executivo no mesmo dia em que este deverá aprovar também a contratação do Instituto de Construção da FEUP para que este realize um Plano de Mobilidade e Transporte para o concelho de Matosinhos – um documento que não colidirá com o inquérito sobre mobilidade que a Área Metropolitana do Porto pretende fazer aos 17 concelhos que a integram.

Na proposta para a contratação, em Matosinhos, defende-se que “nas últimas décadas a mobilidade em meio urbano tem-se tornado insustentável seguindo a democratização do ouso do automóvel e a expansão das cidades”. Tornou-se, por isso, “imperativo” criar instrumentos de planeamento “que ajudem nas tomadas de decisão política e de apoio aos serviços técnicos”. O plano irá debruçar-se sobre eixos como a ocupação do território, os padrões de mobilidade, a importância dos interfaces ou do transporte público.

in Público


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2 Comentários

  • Concordando com as propostas, sugiro maior fiscalização no estacionamento abusivo, principalmente junto e em cima das passadeiras. Em Leça da Palmeira (que também é cidade de Matosinhos) há algumas ruas de dois sentidos que precisavam de ser transformadas em vias de sentido único. Um flagelo diário é o estacionamento selvagem, principalmente na parte sul da Av Fernando Aroso que deveria ser fortemente reprimido.

  • A redução para 20 / 30 é para melhorar o quê concretamente? são zonas de muitos acidentes ou de atropelamentos de peões? a mudança de sentido em todas essas ruas tem alguma coisa que suporte que vai trazer alguma coisa de positivo?

    Às vezes parece que se fazem estudos e propôem-se alterações só para mostrar serviço e justificar de alguma forma os cargos que se ocupam…

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