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A União das Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira defendeu hoje no Parlamento que o Governo deve recorrer ao fundo europeu para os assuntos marítimos e das pescas para compensar os pescadores de sardinha durante o período de defeso.
Durante uma audiência na Comissão de Agricultura e Mar que decorreu hoje no Parlamento, o presidente da União das Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, Pedro Sousa, reiterou a proposta de repartição da possibilidade de pesca da sardinha pelas organizações de produtores e não havendo apenas uma fatia para o país todo, ideia que diz ser defendida pela maioria destas organizações.
Em declarações à agência Lusa no final desta audiência, Pedro Sousa adiantou que os deputados se comprometeram a aprofundar a proposta apresentada para que o Governo recorra ao fundo europeu para os assuntos marítimos e das pescas, compensando assim os pescadores de sardinha também no período de paragem biológica.
“Está nas mãos do Governo recorrer ou não recorrer a este fundo para compensar os pescadores em época de defeso. Precisamos que a comissão interpele a tutela para aprofundar estas propostas”, reiterou.
O autarca alertou ainda para os riscos socioeconómicos inerentes a esta decisão sobre a pesca da sardinha, adiantando que se “os pescadores voltarem a estar um período tão grande parado haverá um flagelo social que atingirá centenas de pessoas”.
Realçando que a falta de sardinha afeta todo o país — sendo a percentagem na pesca nacional de cerca de 40% – Pedro Sousa destacou os impactos negativos na economia de Matosinhos.
Foi recentemente estabelecido, em linha com o Plano de Gestão da Sardinha (2012-2015), um limite de captura de sardinha pela frota nacional licenciada para o cerco de 13.500 toneladas para o ano de 2014, não sendo esperado um aumento da quota disponível em 2015.
“Critico e condeno que até à data de hoje ainda não tenha sido estabelecido o limite anual para este ano, sabendo-se apenas que até maio podem ser pescadas 4 mil toneladas”, acrescentou.
in PC
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