Mobilidade em Leça da Palmeira

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joaquim_monteiroUma vez mais vou ter de adiar o meu artigo sobre o início do ano letivo. Mas também como na educação está tudo a ser adiado: a municipalização, a colocação dos professores, etc, também não faz mal que adie o artigo.

Isto porque esta semana fui desafiado por duas fotografias com um simples comentário:

“Todos os invernos é isto… Acho que deviam estender o contrato do nadador salvador da Quinta. Fui CORRER e quase me afogava.”

[h2]Confesso que não me surpreendeu o que vi e o que li.[/h2]

No entanto, passando pelo sítio da Câmara Municipal de Matosinhos, constatei que esta semana, de 20 a 22 de setembro, se comemorava a «SEMANA EUROPEIA DA MOBILIDADE/2014», com o lema “A nossa rua, as nossas escolhas”.

Perante isto refleti sobre o que se passa em Leça no que à mobilidade diz respeito.

Começando pelos passeios, nada foi feito no último ano para melhorar a qualidade dos mesmos. As lajes continuam soltas, os passeios irregulares devido às raízes das árvores, os dejetos caninos são como minas à espera dos menos atentos. A Junta de Freguesia não pode alegar que não conhece os factos, pois tem sido alertada por várias pessoas, até mesmo nas Assembleias de Freguesia.

Passando para as ruas, apesar de se verem os «varredores», por vezes “ao monte”, e de até estarem limpas, a verdade é que os bueiros continuam sujos e muitos nem tampa têm. Claro que a Câmara não tem culpa da falta de civismo de alguns que roubam as tampas. Mas tem a obrigação de arranjar forma de evitar que isto aconteça, de ter capacidade para substituir as que faltam e, sobretudo, tem a obrigação de limpar os bueiros para evitar lençóis de água.

Como na frase que me fizeram chegar se fazia alusão a corridas, não posso deixar de referir a famosa ciclovia que na marginal de Leça simplesmente não existe, fazendo com que os ciclistas, os corredores, os patinadores, os andantes e os simples transeuntes se misturem, provocando, por vezes, situações caricatas e que só não têm consequências mais graves, porque as pessoas têm o bom senso que falta aos responsáveis camarários.

Também podia trazer aqui a situação dos passadiços. Passados 8 meses das intempéries, ao contrário dos concelhos limítrofes, em Matosinhos nada se fez. E, por favor, não me venham com a desculpa dos concursos públicos. A lei é igual para todos. Se os outros concelhos conseguem repor o que foi destruído, Matosinhos, com a tão abalada saúde financeira apregoada pelo seu Presidente, tinha a obrigação de fazer mais e melhor.

Mas quando se fala em mobilidade todos pensam imediatamente nas imensas filas para sair das praias, no verão; nas filas para aceder ao Porto, nas filas da ponte móvel quando esta abre, nas filas quotidianas para entrar na A28 no cruzamento da Fernando Aroso, Óscar da Silva, Belchior Robles e Veloso Salgado (comummente conhecida por rotunda do Millennium).

Mas preocupa-me mais a falta de visão dos responsáveis autárquicos para com as pessoas de mobilidade reduzida. Desde a falta de rampas em edifícios de serviços públicos, passando por obstáculos nos acessos às passadeiras e até à colocação de impedimentos em plenos passeios, em Leça temos um pouco de tudo.

Por isso tem piada saber que entre 20 e 22 de setembro, Matosinhos é uma das cidades aderentes à «SEMANA EUROPEIA DA MOBILIDADE/2014».

Até à próxima semana.
Saudações leceiras
Joaquim Monteiro


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