Coronavírus: O Que é, Como Prevenir e Sintomas

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Saiba como identificar os sintomas, que cuidados de higiene e de etiqueta respiratória seguir e como prevenir.


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» O que é, sintomas e como se transmite
» Como prevenir e qual a utilidade de máscaras e desinfetantes
» O que fazer se tiver sintomas
» Mitos sobre o novo coronavírus


O que é, sintomas e como se transmite o novo coronavírus

A infeção pode apresentar-se como uma gripe comum ou uma doença mais grave, como pneumonia. Saiba como identificar os sintomas.

O que é o novo coronavírus?

É um novo tipo de coronavírus, designado SARS-CoV-2, pertencente a uma família de vírus conhecida por afetar as pessoas, identificado pela primeira vez em dezembro de 2019, na China, na cidade de Wuhan. Desconhece-se a fonte da infeção. Este novo agente nunca tinha sido identificado antes em seres humanos.

SARS-CoV-2 significa síndrome respiratória aguda grave – coronavírus – 2.

O novo coronavírus é assim designado, uma vez que existe outro coronavírus que causa uma síndrome respiratória aguda grave, que foi identificado em 2002, intitulado “SARS-CoV”.

Novo coronavírus é o mesmo que covid-19?

Não. Covid-19 é o nome da doença provocada pela infeção do coronavírus SARS-CoV-2 e resulta das palavras “corona”, “vírus” e “doença”, com indicação do ano em que surgiu (2019). A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu atribuir à doença um nome que fosse fácil de reproduzir e que não indicasse nenhuma localização geográfica, um grupo de pessoas ou um animal.

Quais os sintomas do novo coronavírus?

Segundo a mais recente avaliação da Organização Mundial de Saúde (OMS), os sintomas mais comuns incluem febre, cansaço e tosse seca. Alguns pacientes podem sentir dores de cabeça e dores em geral, congestão nasal, corrimento nasal, dores de garganta ou diarreia. Em geral, estes sintomas são ligeiros e começam gradualmente. Algumas pessoas ficam infetadas, mas não desenvolvem quaisquer sintomas e não se sentem doentes. 

A Direção-Geral da Saúde (DGS) sublinha que os sintomas desta infeção são mais intensos do que os de uma gripe.

Como se transmite o vírus?

A transmissão de pessoa para pessoa foi confirmada. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o novo coronavírus pode espalhar-se através de gotículas expelidas pela boca ou pelo nariz, por exemplo, quando a pessoa infetada tosse ou espirra, à semelhança do que sucede com outros vírus respiratórios, como o da gripe. As gotículas podem atingir pessoas, superfícies ou objetos. Outras pessoas podem contagiar-se através de contacto com estes objetos e superfícies contaminadas pelas gotículas se, depois de tocá-los, a pessoa levar as mãos aos olhos, ao nariz ou à boca. Outra forma de transmissão é pela inalação dessas mesmas gotículas emitidas por uma pessoa infetada.

O risco de contrair o vírus por uma pessoa sem sintomas é muito baixo. No entanto, muitas pessoas com covid-19 têm apenas sintomas ligeiros, sobretudo na fase inicial da doença. Neste caso, é possível contrair o vírus de alguém que tenha, por exemplo, apenas uma tosse ligeira e não se sinta mal.

A OMS lembra, porém, que as formas de transmissão e o período em que ela ocorre não estão ainda totalmente esclarecidas e continuam sob investigação. Os coronavírus (nCoV – 2019) são transmitidos por gotículas respiratórias; contacto direto com secreções infetadas e aerossóis em procedimentos terapêuticos que os produzem. 

Não existem provas de que os animais de estimação, como cães ou gatos, tenham sido infetados ou que possam contagiar alguém com o vírus.

Mães podem transmitir o vírus ao recém-nascido?

Existem poucos dados sobre os cuidados que as mães com a covid-19 podem dar aos recém-nascidos.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) diz não haver evidência de transmissão vertical da doença, ou seja, da mãe para o bebé. Mas recomenda que todos os recém-nascidos de mães infetadas com covid-19 sejam testados para o novo coronavírus e acompanhados, pelo menos, no primeiro mês de vida.

Um dos assuntos controversos é a separação de uma mãe com covid-19 do filho logo após o parto. Para evitar o risco de contágio perdem-se as vantagens da ligação entre mãe e filho no nascimento e da amamentação precoce.

Segundo orientações da DGS, as instituições de saúde devem tomar decisões caso a caso, tendo em conta a vontade da mãe, as instalações disponíveis no hospital e a disponibilidade das equipas de saúde.

Quando não há separação mãe-filho, a recomendação é a de a mãe lavar bem as mãos e colocar a máscara cirúrgica antes de qualquer contacto com o recém-nascido.

Também não existe evidência que seja possível transmitir o vírus através do leite materno. Caso haja separação mãe-filho, recomenda-se a extração do leite materno com bomba e o seu desperdício até que a mãe tenha dois testes negativos ao novo coronavírus. Esta recomendação fica sujeita à avaliação médica de cada caso e às evidências científicas que venham a surgir sobre o assunto.

Qual é o período de incubação deste vírus?

O “período de incubação” corresponde ao tempo entre ser contagiado pelo vírus e o início dos sintomas da doença. A maioria das estimativas varia entre 1 e 14 dias de incubação, sendo, em média, de cinco dias. As estimativas serão atualizadas à medida que mais dados venham a estar disponíveis.

Qual é o tratamento?

Ainda não existe tratamento específico, nem vacina. O tratamento é dirigido aos sinais e sintomas dos doentes. Os antibióticos não resultam contra vírus, apenas em infeções por bactérias.

Em caso de febre, a primeira linha de tratamento é o paracetamol. Segundo o Infarmed, não há evidência para contraindicar o uso de ibuprofeno. De acordo com uma nota informativa daquela entidade, “não existem, atualmente, dados científicos que confirmem um possível agravamento da infeção por covid-19 com a administração de ibuprofeno ou outros anti-inflamatórios não esteroides”. Por isso, “não há motivo para os doentes que se encontrem em tratamento com o referido medicamento o interrompam”, acrescenta.

Como prevenir e qual a utilidade de máscaras e desinfetantes

A ameaça de contágio fez disparar a procura de máscaras e desinfetantes. As máscaras cirúrgicas estão recomendadas a profissionais de saúde pessoas com sintomas de infeção respiratória (tosse ou espirro), suspeitos de infeção pelo novo coronavírus, doentes imunossuprimidos e pessoas ou profissionais que possam contactar diretamente com doentes suspeitos ou confirmados de infeção.São recomendadas medidas de higiene e etiqueta respiratória.

Como proteger-se?

  • Lave frequentemente as mãos com água e sabão, esfregando-as bem durante pelo menos 20 segundos. Este cuidado é indispensável antes e após a preparação de alimentos, depois de usar a casa de banho e sempre que as mãos lhe pareçam sujas. Há uma corrida às soluções à base de ácool ou aos antiséticos em gel para higienizar as mãos, mas a recomendação é usar água e sabão.
  • Assoe-se com lenços de papel (de utilização única), coloque-os no caixote do lixo e, de seguida, lave  as mãos.
  • Deve tossir ou espirrar para o braço com o cotovelo fletido, e não para as mãos.
  • Evite tocar nos olhos, no nariz e na boca com as mãos sujas ou contaminadas com secreções respiratórias.

As máscaras de proteção são eficazes?

Se é saudável, só precisa de usar máscara se estiver a cuidar de alguém que possa estar infetado com o coronavírus. As máscaras só são eficazes se também lavar frequentemente as mãos. Saiba mais sobre os diferentes tipos de máscara e para quem são recomendadas

O que fazer se tiver sintomas

As autoridades recomendam que entre em contacto com a linha SNS24 e muitas empresas já adotaram planos de contingência. Saiba o que está a ser feito para dar resposta à epidemia.

O que devo fazer se tiver sintomas?

Em caso de febre, tosse e eventual dificuldade respiratória, o doente não deve deslocar-se aos serviços de saúde, mas ligar para o SNS24 – 808 24 24 24, e seguir as indicações. O site do SNS 24 tem uma calculadora que permite a avaliação dos sintomas e, ainda, obter informações e conselhos adequados.

Os serviços de saúde em Portugal estão preparados?

As medidas  em curso enquadram-se na emergência de saúde pública internacional declarada pela Organização Mundial da Saúde.

Em Portugal, estão ativas as unidades de “primeira linha” , como é o caso dos hospitais de São João, no Porto, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Dona Estefânia, Santa Maria e Curry Cabral, em Lisboa, e os das regiões autónomas.

Foi também reforçado o Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde (SNS 24), através do número 808 24 24 24, e a linha de apoio médico, como normalmente acontece em situações desta natureza.

O reforço das linhas telefónicas visa facilitar a informação e a triagem, para que as pessoas eventualmente contaminadas não se desloquem aos serviços de saúde sem acompanhamento profissional. 

A DGS revela ainda que existem protocolos internacionais para prevenir a exportação do vírus a partir da China, sendo os rastreios feitos, na origem, antes de viagens de comboio, avião ou barco. 

Posso ir a um hospital privado?

Deve seguir as recomendações da linha SNS24 e não se deslocar a nenhum serviço de saúde. Caso se dirija a um hospital privado com suspeita de infeção, a indicação é para que fique numa área de isolamento, enquanto os médicos contactam a Linha de Apoio ao Médico. Se a situação for validada pela linha médica, o INEM fará o transporte do utente para o hospital de referência.

Caso tenha seguros de saúde, em geral, estes excluem o pagamento de despesas decorrentes do tratamento de doenças epidémicas ou pandémicas oficialmente declaradas pelas autoridades de saúde. Estas são, por regra, doenças infecciosas que afetam um grande número de pessoas numa região ou numa vasta área geográfica. Apenas o seguro da MGEN não inclui esta exclusão, prevendo apenas um período de carência superior: em situações associadas a epidemias ou pandemias, só poderá ativar um seguro subscrito há mais de 365 dias enquanto, para a maioria das restantes despesas de saúde, basta esperar 90 dias. 

Apesar de as despesas relacionadas com epidemias estarem excluídas, há pelo menos duas seguradoras – a Victoria e a Fidelidade – que cobrem o custo dos testes de diagnóstico, quando prescritos por um médico.

Se apresentar sintomas suspeitos de covid-19, o médico pode recusar-se a vir a casa?

Em caso de sintomas deve ligar para o SNS24 e não chamar um médico a casa ou dirigir-se a um serviço de saúde. Após este contacto com a linha SNS24 e validação da história clínica, os profissionais de saúde é que determinam se é necessário dirigir-se a um hospital de referência ou outro serviço de saúde. O transporte é assegurado pelo INEM.

Em caso de morte, o seguro de vida pode ser acionado?

Os seguros de vida não têm exclusões a este nível, pelo que, os casos de morte e invalidez associadas a epidemias ou pandemias estão cobertos. 


Mitos sobre o novo coronavírus

Um dos grandes mitos sobre o novo coronavírus é o de ter sido criado em laboratório, com várias versões que envolviam a China e os Estados Unidos a circularem pela internet. A comunidade científica descartou este rumor e ainda tenta descobrir a origem exata do vírus.

Ao contrário do que também tem sido divulgado, é pouco provável que as encomendas da China transmitam o vírus. Comer alhos, usar secadores de mãos ou lâmpadas ultra-violeta para eliminar o vírus são outros dos mitos que circulam sobre a covid-19.

In: DECO PROTESTE


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