O “respeito” que a autarquia de Matosinhos apresenta sobre a arquitectura do município

Escola Básica de Santiago, em Custóias - Matosinhos
Partilhe:

Translate

A Escola Básica de Santiago, em Custóias, encontra-se, salvo melhor opinião, sobre um atentado de carácter permanente à sua arquitectura original, que foi enaltecida como inovadora aquando da abertura do ano escolar em que era Ministra da Educação Maria João Rodrigues, sendo presidente da Câmara de Matosinhos o dr. Guilherme Pinto.

Atente-se que a particularidade de ter frases gravadas nas paredes exteriores, de poetas e crianças (que fazem parte do projecto arquitectónico inicial), foram pura e simplesmente ignoradas, tendo sido cortadas a meio por gradeamentos permanentes.

Escola Básica de Santiago, em Custóias - Matosinhos

Quando reflicto sobre os gastos da construção da “Casa da Arquitectura” (mais de 6 milhões de euros) e estes exemplos avulsos, pergunto que congruência existe entre a “sensibilidade” dos responsáveis pela autarquia sobre as obras arquitectónicas que marcaram a historia nos imóveis escolares do concelho e do país, com as “obras” mencionadas dos dias de hoje…?!

Realço a palavras de um poeta maior da poesia portuguesa, Jorge de Sena, seccionadas pelo gradeamento citado…:

Gerarão as crianças quanta vida ouviram.
Algumas serão homens.

Aproveito igualmente para assinalar o “monumento à sustentabilidade” da árvore que não foi plantada, no lugar onde uma árvore caiu.

Escola Básica de Santiago, em Custóias - Matosinhos

Por: Paulo António


Partilhe:

Comentar