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A Câmara de Matosinhos foi terça-feira unânime na disponibilidade para avançar com a obra do acesso de emergência da A28 ao Hospital Pedro Hispano, tendo a posição relativamente à subconcessão da STCP estado também em destaque na reunião.
A proposta do vereador com a pasta dos Transportes e Mobilidade, o comunista José Pedro Rodrigues, para que, dada a urgência e gravidade do problema, a autarquia avançasse com a obra, da jurisdição da Estradas de Portugal, foi aprovada por unanimidade pelo executivo, numa reunião pública conduzida hoje pelo vice-presidente, o independente Eduardo Pinheiro, e que contou apenas com dois dos três vereadores socialistas eleitos.
De acordo com a solução apresentada, será construído um corredor na A28, no sentido norte-sul, uns metros depois da bomba de gasolina, para fazer a ligação à zona da urgência do hospital, com acesso exclusivo a ambulâncias em serviço de emergência, havendo um controlo de vigilância centralizado que garante que o acesso é feito exclusivamente pelos veículos a que está destinado.
José Pedro Rodrigues explicou na reunião que este projecto é feito com a preocupação de ser compatível com o reperfilamento e ampliação para aquele troço que está previsto pela Estradas de Portugal, entidade com a qual decorreram vários meses de negociações e articulações.
A dificuldade de as ambulâncias em emergência acederem ao Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, devido ao frequente congestionamento de trânsito na rotunda AEP, é um problema antigo com o qual o concelho se depara.
O vice-presidente sublinhou que esta é “uma proposta muito válida e muito aceitável” para um problema do qual se anda a falar “há anos” e que, mesmo sendo um investimento avultado, impõe-se que seja feito, garantindo o acerto de contas com a Estradas de Portugal.
“Era esta localização que permitia as melhores condições de segurança. A Estradas de Portugal teve todo o cuidado no acompanhamento técnico da solução para um problema que não é fácil”, respondeu o vereador da CDU, perante as questões e sugestões de Pedro da Vinha Costa, do PSD.
Subconcessão da STCP em discussão
Foram aliás estes dois vereadores – Pedro da Vinha Costa e José Pedro Rodrigues – que protagonizaram um animado debate sobre a subconcessão da STCP.
Nesse âmbito, o vereador social-democrata questionou qual era a decisão da autarquia sobre esta matéria já que tinha havido posição assumida pelo presidente, Guilherme Pinto – a criação de uma empresa intermunicipal – que tinha depois sido contrariada por um comunicado do PCP, partido do vereador José Pedro Rodrigues.
Da parte de Eduardo Pinheiro saiu a explicação de que este é “um assunto a estudar” e que, “em função daquilo que for avaliado, é que será a intervenção do município de Matosinhos”, posição a ser apresentada quando for oportuno.
Perante a insinuação de Pedro da Vinha Costa de que há três posições diferentes sobre a municipalização dos transportes – a do presidente, a do vereador dos Transportes e a do vice-presidente – José Pedro Rodrigues respondeu que a única posição da autarquia sobre esta matéria foi a proposta de resolução aprovada e que foi apresentada por ele mesmo, em Abril, contra a privatização ou concessão a privados da Metro do Porto e da STCP, que contou apenas com voto contra do PSD.
Do período de intervenção do público, destaque para as queixas dos moradores nas Sete Bicas, na Senhora da Hora, que denunciaram a realização de obras num Continente naquela zona, sem cumprimento dos horários legais do ruído e que garantem que não estão legalizadas nem têm alvará.
Perante esta denúncia, Eduardo Pinheiro garantiu apenas que as licenças existem, adiantando que os serviços vão averiguar a questão.
in Porto24
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