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De Espanha a França, com Salvador Dali e Armand, à Dinamarca com Lindström, passando por Moçambique, terra mãe de Malangatana, e por Portugal, repleto de talentosos artistas, a próxima colecção a leilão na P55 destaca a pintura e o mobiliário de autor.
O momento está agendado para dia 3 de Março, na sede da artstore, em Matosinhos. Salvador Dali está de volta aos destaques na galeria P55, com uma das duas obras do espólio intitulada «La Toison D’Or, Etudes Pour une Montre – Bracelet» (O velo Dourado, Estudos para Relógio – Pulseira), um esboço muito interessante do surrealista para um relógio.
«Accumulation blue – Objects sur toille» de Armand é uma das pinturas que também estão em destaque do conceituado artista francês, até então muito difícil, se não raro, de encontrar em Portugal que é o introdutor do chamado processo artístico de “acumulação”. A técnica passa pela integração de objetos perecíveis nas suas obras de arte – elementos que, de outra fora, iriam para o lixo.
«Em Portugal podemos não ter petróleo, mas temos o privilégio de nos podermos gabar de sermos exportadores de bom gosto, desde sempre! Por outro lado, para além de bons artistas, temos também bons apreciadores de arte e isso é notório na coleção que conseguimos reunir para o nosso próximo leilão», começa por introduzir Aníbal Faria, CEO da P55.
Entre as surpresas, será ainda possível encontrar uma obra invulgar de Manuel Cargaleiro, de ponta de feltro, técnica muito pouco usada pelo mesmo, a par de um painel de azulejos. Armanda Passos, Júlio Reis Pereira, Simão da Veiga, Cruzeiro Seixas, Henrique Medina, Mangalatana, Júlio Resende, Mario Cesariny e Artur Bual (com um retrato de Zeca Afonso de 1996) enriquecem ainda o grupo de pintores clássicos e de renome, ao qual também se juntam artistas emergentes como Clo Bougard, Helena de Medeiros, Manuel Almeida ou Christine Fraty Magalhães.
De acordo com o mentor da P55, «não há crise no mercado da arte português. Não só conseguimos construir espólios muito interessantes, muitas vezes fruto do bom gosto nacional e de peças que, consequentemente, se colecionaram no país, como todos os leilões têm ficado marcados pelo seu sucesso. Os portugueses sabem como escolher arte, apreciar a arte e investir em arte».
O leilão está marcado para o dia 3 de Março, pelas 21:00, na Rua Brito Capelo, 1147 em Matosinhos mas a participação é possível também através do site ou por telefone.
DD
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