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O bispo do Porto presidiu a uma vigília de oração pelos seminários e afirmou que a “opacidade” e o “silenciamento do religioso” na cultura actual impedem os jovens de escutar e corresponder a um chamamento para o sacerdócio.
De acordo com um comunicado enviado à Agência , D. Manuel Linda referiu-se à “opacidade dos ministros ordenados”, o bispo e os sacerdotes, “cuja vida nem sempre transparece a beleza do chamamento original”, e também à “opacidade da vida da própria Igreja, das suas comunidades, que nem sempre oferecem o melhor testemunho, para a mediação desta resposta ao Senhor”.
Durante a vigília que decorreu na Igreja de Leça da Palmeira, no passado dia 16, por ocasião da Semana dos Seminários, o bispo do Porto referiu-se depois ao “silenciamento do religioso” na sociedade, alertando para o facto de ser “premeditado”, referindo também o “mau tratamento jornalístico de tudo o que é do domínio do eclesial ou do religioso”.
“Não são politicamente correto, nem culturalmente bem aceites, nem mediaticamente bem trabalhados, os assuntos que dizem respeito à Igreja e ao fenómeno religioso, em geral”.
D. Manuel Linda.
Para o bispo do Porto, trata-se de um “pecado da ignorância” a respeito de temas fundamentais, que tocam o sentido da vida e geram um “muro de silenciamento” que coloca fora do interesse e do espaço familiar, escolar e público as grandes questões da fé e da vida.
“Opacidade eclesial e premeditado silenciamento do fenómeno religioso são dois empecilhos que estão a bloquear a recessão da voz de Deus no coração das novas gerações afirmou D. Manuel Linda, referindo que não está em causa “a sensibilidade e generosidade dos jovens de hoje”.
O bispo do Porto participou no último sábado numa das vigílias de oração pelos seminários promovidas pela diocese, a que decorreu na Igreja de Leça da Palmeira e destinada à Região Pastoral do Grande Porto; no próximo dia 22 vai realizar-se o último encontro de oração, Igreja de Tuías, presidida por D. Armando Domingues, bispo auxiliar do Porto.
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