Os passeios de Leça

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joaquim_monteiroComo têm constatado pelos meus artigos, sou um adepto das caminhadas e das corridas de atletismo ao ar livre. Considero que a prática desportiva é essencial para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Eu próprio sou um bom exemplo disso. Aos 41 anos estava a sentir-me pesado e já sentia dificuldades quando tinha de acelerar o passo por qualquer motivo. Comecei a caminhar, duas vezes por semana, depois comecei a correr e agora, passados 7 anos, já fiz provas de 10 Km, 15 Km, meias maratonas (21 Km) e maratonas (42 Km). Mas o mais importante é que me sinto bem e estou no meu peso ideal.

Recentemente senti-me de uma pequena lesão e estive parado cerca de 15 dias. Como não podia correr aproveitei o bom tempo que se tem feito sentir em Leça e fui caminhar após o jantar. A grande vantagem da caminhada relativamente à corrida é que vou com outro ritmo, muito mais atento ao que me rodeia e, por outros caminhos que não os usuais da corrida.

Assim, pude verificar e «sentir na pele» o péssimo estado dos passeios de algumas das artérias leceiras.

Começando pela Avenida Dr. Fernando Macedo, mais conhecida por rua da Exponor, do lado direito de quem desce nem há verdadeiramente passeio, apenas uma pequena faixa em terra batida. Do outro lado, o passeio é um autêntico perigo para os transeuntes, visto ser bastante irregular, fruto das raízes das árvores que destruíram totalmente o referido passeio. Chamo a atenção dos leitores para o facto de não estarmos a falar que uma qualquer artéria de Leça, mas da rua de acesso a um dos espaços que mais gente traz a Leça da Palmeira, que é a Exponor e onde existe um hotel. O que pensarão as centenas de pessoas que estacionam nas ruas circundantes à Exponor e que têm de fazer o percurso a pé? Com toda a certeza que não irão satisfeitas. Mas o mais preocupante nem é esta questão da notoriedade da freguesia, mas sim o perigo que tal estado representa para as pessoas e a dificuldade acrescida que comporta para os invisuais e para os que têm mobilidade reduzida.

O mesmo se pode constatar na Avenida Dos Combatentes da Grande Guerra (a que vai da igreja até à praia) e na Avenida Dr. Fernando Aroso (talvez a rua mais importante de Leça, também conhecida por rua da igreja).  A situação é muito parecida com a da «rua da Exponor», mas é tanto mais grave por serem duas avenidas centrais, com acesso a estabelecimentos comerciais e serviços fundamentais; logo, duas das artérias mais movimentadas pela população leceira. Acresce, também, o facto de se ter gasto muito dinheiro na colocação de tijoleira antiderrapante nos referidos passeios. No entanto, além de inúmeras peças partidas, muitas estão descoladas e tornam-se perigosas para as pessoas. Não são poucas as vezes em que assistimos a quedas, principalmente por parte dos idosos.

Quando não é o estado dos passeios que dificultam ou tornam perigo o caminhar pelos passeios, são os dejetos dos animais, principalmente caninos, que transformam numa grande aventura o simples ato de caminhar por um passeio de Leça da Palmeira. Aqui, a culpa já não pode ser atribuída aos governantes, mas à falta de civismo de muitos leceiros.

Um outro fator que dificulta o caminhar pelos passeios são as copas da árvores. Como exemplo posso referir a Rua Belchior Robles (a rua do cemitério novo e que vai dar ao farol). Nesta artéria as copas das árvores estão tão baixas que mesmo eu, com os meus 1,66 metros, tenho de me abaixar regularmente para poder passar.

Deixo aqui este reparo para que os responsáveis estejam mais atentos e ajam de forma a tornar Leça numa cidade ainda mais agradável e onde todos possam exercer, com comodidade e segurança, o direito de caminhar.

Até à próxima semana.

Saudações leceiras

Joaquim Monteiro


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