Translate
De 6 a 8 de Julho de 2018
Junto ao Forte Nossa Senhora das Neves
Entrada Livre![su_spacer]
De 6 a 8 de julho, os Piratas voltam a invadir Leça da Palmeira, numa recriação histórica de meados do século XIV através da qual a câmara de Matosinhos quer “reconstituir o ambiente que se vivia no tempo em que os piratas se passeavam” naquele território.
Criações de piratas, visitas guiadas ao forte, caça ao tesouro, baile de máscaras, teatro de comédia e espetáculos de fogo e piromusicais são algumas das iniciativas previstas para os três dias de recriação histórica, durante os quais haverá um programa especialmente dedicado aos mais novos.[su_spacer][su_spacer]
Os Piratas em Leça da Palmeira – Recriação Histórica
A recente descoberta realizada em Perafita, pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Matosinhos, de uma fortificação com cerca de mil anos, muito provavelmente destinada a proteger as populações costeiras do ataque de vikings, veio relembrar que, durante séculos, a história desta região se fez também de piratas e pirataria. Normandos, mouros, franceses, ingleses, holandeses…
Desde muito cedo profundamente ligada ao mar pela pesca, produção de sal e construção naval, Matosinhos passará a destacar-se também, a partir do século XII, como terra de afamados “homens do mar” ligados ao comércio marítimo. E durante os séculos seguintes, nomeadamente com a Expansão Marítima, esta será, cada vez mais, uma terra de marinheiros, pilotos, contramestres, capitães de navios e… piratas. Com efeito, para fazer face às pilhagens e assaltos das embarcações inimigas, os portugueses responderam com o incremento dos corsários. Isto é, de piratas ao serviço de grandes senhores ou da própria coroa.
[su_spacer]
Um dos mais poderosos senhores nesta região no século XIV, João Rodrigues de Sá, alcaide-mor do Porto e donatário de Matosinhos, tinha aqui fundeados barcos de corso. Mas não era caso único. Outros fidalgos utilizavam Matosinhos e Leça como o porto das suas caravelas piratas. Caso, no século XV, de Fernão Coutinho, que se tornaria num dos principais impulsionadores e padroeiros do convento de Nossa Senhora da Conceição (a atual Quinta da Conceição). E o próprio Gonçalves Zarco (que se não era daqui natural, para cá veio muito cedo e aqui casou), que se notabilizaria como o “descobridor” da Madeira, foi de início um corsário.
Mas os outros piratas continuaram sempre a rondar as nossas costas. E foi devido aos seus roubos e ao rapto que faziam dos nossos homens do mar (para obterem resgates) que, face à crise que por tal motivo a povoação então vivia, Matosinhos obtém em 1621 a autorização real para realizar uma grande feira, franca, durante o período que durasse as Festas ao Senhor de Matosinhos: tradição que se mantém até aos nossos dias! Para obstar à ação dos piratas vigiavam-se as praias, montavam-se atalaias e construíram-se fortificações. Como o Forte de Nª Senhora das Neves – o castelo de Leça.
E são mais, muitos mais, os elos que ligam Matosinhos e Leça aos piratas. Mas, o melhor mesmo, é vir (re)descobri-los!
Sou de Matosinhos e adoro conhecer a cultura do meu Portugal ! Tenho absoluta certeza de que será uma festa fantastica !
Fixe !!!!