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Leça da Palmeira não é, felizmente, uma freguesia «inundada» de semáforos.
Contudo, creio que há alguns aspetos que deveriam ser revistos, já que a colocação de alguns semáforos em certas zonas não é de todo entendível pelo cidadão comum e, outras zonas há onde se justificaria a sua colocação.
Começo por dizer que os semáforos são importantes para a regulação do trânsito e para a proteção dos transeuntes.
Assim, partindo desta premissa, verificamos que na avenida principal de Leça da Palmeira – a Avenida Dr. Fernando Aroso – existem 3 semáforos. Tendo em consideração o volume e a postura de trânsito atual, bem como a situação do piso, talvez já nem se justifique a sua existência, pois os veículos já circulam a uma velocidade reduzida e as passadeiras estão bem sinalizadas. No entanto, compreendo a sua manutenção, já que dois deles ainda são muito utilizados pelas crianças e jovens que frequentam a Escola Básica Eng. Fernando Pinto de Oliveira e a Escola Secundária da Boa Nova, para “apanharem” os transportes públicos. Todavia, o semáforo colocado junto ao Café Sobrinho já me parece desnecessário na atualidade, pois praticamente não há crianças a deslocar-se a pé para a Escola da Amorosa vindas da zona baixa da freguesia.
Mas ainda sobre os semáforos da Avenida Dr. Fernando Aroso, compreendo que só passem a vermelho quando solicitado por um peão, mas era necessário que o tempo programado para a travessia fosse o correto. Refiro-me, em concreto, aos semáforos colocados junto ao BPI e que dão acesso à igreja. Estão sempre com o amarelo intermitente e ficam vermelho para os carros quando as pessoas carregam no botão para atravessar, ficando então o verde para os peões. Mas grande parte das pessoas que aí atravessa é surpreendida quando está a meio da travessia pela passagem a vermelho para os peões e alguns nem se apercebem do facto. Acresce que grande parte dos que utilizam essa passadeira é a população mais idosa.
Ainda relativamente aos semáforos existentes, é curiosa a situação dos que ficam junto à Escola Básica do Corpo Santo: estão sistematicamente desligados. Há quem diga que estão desligados propositadamente e há quem diga que estão avariados. Se estão avariados, que sejam consertados e se estão propositadamente desligados então que sejam retirados e colocados noutros locais onde fazem falta.
E quanto a locais onde fazem falta os semáforos lembro-me logo de dois, o cruzamento das ruas Belchior e Sol Poente e a entrada para o Complexo Desportivo da Bataria (cruzamento da Rua Francisco Maia com a Rua Veloso Salgado).
A Rua Belchior Robles tem sido uma das zonas mais mortíferas no que a atropelamentos fatais diz respeito. Por uma questão de segurança para os peões, a colocação de semáforos junto ao cemitério é mais que justificável. No entanto, como logo a seguir vem o cruzamento com a Rua Sol Poente, onde também já tem ocorrido acidentes, talvez fosse mais lógico a colocação de semáforos nesta zona, servindo para ordenação do trânsito e, simultaneamente, protegendo as pessoas que se deslocam ao cemitério.
A entrada no parque de estacionamento do Complexo Desportivo da Bataria é das zonas onde mais acidentes de trânsito se têm verificado. Nas horas de ponta, o trânsito na Rua Veloso Salgado é contínuo, vindo da zona do IKEA e do Mar Shopping, o que obriga a que quem quer entrar ou sair da Rua Francisco Maia esteja bastante tempo parado à espera. Muitas vezes a solução é ir «forçando» a entrada, colocando-se em situação de risco e daí os acidentes.
Acresce que o Complexo Desportivo tem, diariamente ao final da tarde e ao fim de semana durante praticamente todo o dia, uma grande ocupação. O parque de estacionamento está quase sempre cheio. A colocação de semáforos parece-me uma boa solução para ordenar o trânsito nesta zona.
Até à próxima semana.
Saudações leceiras
Joaquim Monteiro
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