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Confesso que não consigo entender os critérios para a marcação de passadeiras para os peões nas estradas.
Deambulando por Leça, verificamos que há cruzamentos que têm quatro passadeiras, uma em cada «canto», outros têm apenas três, outros duas, outros uma e, alguns, nenhuma.
Depois, vemos ruas inteiras sem passadeiras e outras que conseguem ter passadeiras separadas por três ou quatro metros.
Outro aspeto curioso é que há mesmo áreas inteiras onde as passadeiras praticamente não existem. É o caso do Monte Espinho, com ruas sem passeios e sem passadeiras.
Também há certas vias que têm paragens de autocarro/camioneta e que não têm qualquer passadeira para acesso às mesmas.
Não tenho a certeza, mas creio que, para além dos serviços camarários que tratam da regulação do trânsito e das vias, compete também às populações solicitar passadeiras para certas áreas. Sei que muitas vezes os partidos políticos com assento na Assembleia da Freguesia, têm alertado para a necessidade de se pintarem passadeiras em certas áreas.
Mas a minha maior preocupação nem é com as passadeiras que não existem. Preocupa-me mais a deficiente eficácia das existentes:
- Por vezes a sinalização vertical que informa os automobilistas está muito em cima das mesmas e, em alguns casos, está escondida por ramos de árvores, o que faz com que os condutores sejam quase surpreendidos pelos peões;
- Outras vezes, são os condutores que desrespeitam o código da estrada e estacionam em cima das passadeiras ou não respeitam a distância necessária para a visibilidade dos peões, o que faz com que os outros automobilistas sejam surpreendidos;
- Em alguns casos é a fraca qualidade da tinta utilizada para a marcação das passadeiras que faz com que estas estejam «invisíveis».
Ainda neste Natal e Ano Novo, nas campanhas levadas a cabo pela GNR, verificamos uma diminuição dos acidentes e um aumento dos casos mortais, principalmente dentro das localidades, resultado de atropelamentos.
As causas são variadas, nomeadamente o excesso de velocidade, a condução sob efeito do álcool, a distração causada pelos telemóveis, mas também a deficiente sinalização das passadeiras e a péssima iluminação em algumas vias.
Em Leça da Palmeira sofremos de deficiente iluminação e sinalização das passadeiras existentes.
Existem áreas de Leça que se encontram completamente às escuras, por vezes por mais de 300 ou 400 metros. Não se trata de medidas de austeridade com o corte de alguns postes de iluminação para poupar energia.
Em alguns concelhos vizinhos, que nem se gabam de ter a mesma saúde financeira de Matosinhos, verificamos que em muitos sítios as passadeiras têm luzes no chão para alertar os automobilistas e mesmo a sinalização vertical tem leds, de forma a que se torne visível, mesmo de noite e em caso de nevoeiro.
Até à próxima semana.
Saudações leceiras
Joaquim Monteiro
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