Pediatras de Matosinhos denunciam “falta de recursos” na urgência metropolitana

Hospital Pedro Hispano
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Em causa está a urgência metropolitana que é assegurada no Centro Hospitalar de São João, por pediatras de vários hospitais do Grande Porto.[su_spacer]

Os pediatras do Hospital Pedro Hispano (HPH), concelho de Matosinhos, denunciaram “a manifesta falta de recursos” para a composição da equipa que integra a escala a que estão obrigados no âmbito da Urgência Pediátrica Integrada do Porto.[su_spacer]

Em causa está uma urgência metropolitana que é assegurada no Centro Hospitalar de São João (CHSJ), no Porto, por pediatras de vários hospitais do Grande Porto, nomeadamente do próprio CHSJ, Pedro Hispano e Centro Hospitalar e Universitário do Porto, unidade conhecida como Santo António.[su_spacer]

Num abaixo-assinado divulgado esta terça-feira, mas que data de Dezembro, os pediatras do HPH falam em “manifesta falta de recursos” e apelam à direcção clínica da Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM) – que é quem administra o HPH – para que reúna melhores condições.[su_spacer]

Já em declarações à agência Lusa, o secretário regional do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Silva, apontou que “os alertas têm sido feitos [e] não tem havido qualquer resposta” a uma situação que, disse, “põe em risco quer os doentes quer a responsabilidade profissional e a sobrecarga a que os profissionais estão sujeitos“.[su_spacer]

As equipas de pediatras do HPH que asseguram a escala que lhes compete na urgência metropolitana são insuficientes em termos de recursos humanos, quer em termos quantitativos quer em termos qualitativos“, referiu Jorge Silva.[su_spacer]

O secretário regional do SIM – que salvaguardou que esta tomada de posição “nada tem a ver com os restantes hospitais“, uma vez que “esses são responsáveis pelas suas equipas” – apontou que “tem de ser a ULSM de Matosinhos a assegurar o necessário para as suas escalas“.[su_spacer]

O que está aqui em causa é a necessidade de contratação de mais pediatras em Matosinhos. A ULSM não assegura o número de pediatras em termos quantitativos e qualitativos necessário para a satisfação das necessidades, tal como são as orientações técnicas da Ordem dos Médicos“, acrescentou Jorge Silva.[su_spacer]

No que se refere a meios quantitativos, em causa está a recomendação de que estejam 13 pediatras na escala, sendo que o SIM aponta que “a maior parte das vezes estão apenas nove escalados“.[su_spacer]

Quanto à falta de meios “qualitativos“, em causa está a proporção de internos do último ano de especialidade que, descreveu o responsável do sindicato, “deve ser de cinco, mas tem sido de dois, ficando os restantes lugares para internos mais novos“.[su_spacer]

São internos de especialidade mais novos, logo menos preparados“, disse Jorge Silva.[su_spacer]

No abaixo-assinado, os pediatras do HPH descrevem várias situações, concluindo que “não estão reunidas condições mínimas necessárias à adequada prestação de cuidados aos utentes da Urgência Pediátrica Integrada do Porto“.[su_spacer]

Como tal, até à optimização destas [condições], refutamos a responsabilidade por eventuais erros ou omissões ocorridas durante a prestação [de cuidados]“, lê-se no abaixo assinado.[su_spacer]

Já em resposta escrita enviada à agência Lusa, a ULSM garantiu que “cumpre rigorosamente o que foi estabelecido pela Administração Regional de Saúde do Norte, desde a criação da Urgência Pediátrica do Porto, no que se refere ao número e caracterização dos médicos que prestam serviço na Urgência Pediátrica do Centro Hospitalar São João“.

Ardina


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