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Estudo elaborado pela proptech portuguesa revela que os preços subiram nos seis primeiros meses de 2020: +5% nas casas e +1,12% nos apartamentos.
O concelho do Porto (€259.423), Matosinhos (€238.545) e Vila Nova de Gaia (197.842€) destacam-se por serem os concelhos com o preço médio de venda mais caro.
A CASAFARI, proptech portuguesa que detém a mais completa e limpa base de dados do mercado imobiliário em Portugal, acaba de divulgar o ‘Market Report’, relativo a Lisboa, Porto e Faro, e outras grandes cidades portuguesas com dados dos últimos seis meses.
Trata-se de uma das mais importantes análises do mercado em Portugal, considerando que a CASAFARI agrega, através de inteligência artificial e machine learning, milhares de fontes de informação com propriedades disponíveis à venda na Internet, evitando a sua duplicação e agregando toda a informação atual e histórica de cada imóvel – o que oferece,em tempo real, os dados e o histórico de mais de 5,8 milhões de propriedades únicas.
De acordo com o relatório, baseado na ferramenta analítica que analisa os dados existentes das mais variadas fontes na Internet, o primeiro semestre de 2020 revela dados muito importantes, já com o impacto do COVID-19. Entre as principais, destacam-se:
Análise dos preços médios:
O preços médio das casas à venda em Portugal aumentou 5% no primeiro semestre;
O preço médio de venda dos apartamentos, em Lisboa, subiu 1,25%, desde o início do ano; Belém foi a freguesia que registou a maior subida dos preços de vendas, com 6,94%, seguida pelas freguesias do Beato (5,87%) e Parque das Nações (5,30%);
Os concelhos de Lisboa, Cascais e Oeiras foram os concelhos com o preço médio de venda mais elevado, €527,687, €454,687 e 333,857€, respetivamente, enquanto o concelho da Amadora (-0,27%), Loures (-1,39%) e Cadaval (-2,07%) foram os únicos que verificaram uma descida do preço médio;
O concelho do Porto (€259,423), Matosinhos (€238,545) e Vila Nova de Gaia (197,842€)) destacam-se por serem os concelhos com o preço médio de venda mais caro. O concelho de Santo Tirso (6,08%), Amarante (5,91%) e Póvoa de Varzim (5,19%) foram os que apresentam o maior crescimento;
O concelho de Loulé, Lagos e Faro permanecem os concelhos com o preço médio de venda superior, enquanto Lagos, foi o único concelho do distrito de Faro a verificar uma descida (-0,18%);
O distrito mais caro continua a ser liderado por Lisboa (3.549€ por m2), seguido por Faro (2.270 € por m2) e Porto (2.143 € por m2). Já Guarda (658 € por m2), Portalegre (743 € por m2) e Santarém (762 € por m2) mantêm-se como as zonas com valores mais acessíveis.
– A maior variação positiva ocorreu em Braga (3,87%) e a negativa ocorreu em Évora (-2,17%).
Preços de arrendamento:
Desde o início do ano, Porto (-11,10%) verificou a maior variação e Lisboa (-8,18%) a segunda maior. Em Faro (-0,55%) verificou-se uma variação menos significativa, inferior a 1%.
A maior variação positiva ocorreu em Bragança (15,34%) e a negativa ocorreu em Madeira (-21,42%). De destacar que, no arrendamento, o distrito mais caro, continua a ser Lisboa – 15€ por m2 – , seguido por Porto – 10€ por m2 – e Faro, com 8€ por m2.
Stock disponível:
A oferta de apartamentos no arrendamento registou um forte aumento, desde o início do ano até o final de junho. A maior variação verificou-se no Porto passando de 1720 para 2986 apartamentos. A oferta em Lisboa (+33,65%) e Faro (+17,32%) foi igualmente significativa.
No segmento de apartamentos para venda, seguindo a tendência verificada na maioria dos distritos, a oferta disponível, desde o início do ano, em Lisboa (5,88%), Porto (6,10%) e Faro (2,83% ) também aumentou.
No segmento de moradias para venda, enquanto Lisboa (3,52%) e Faro (1,61%) registou um aumento de stock, o Porto (-0,74%) verificou uma ligeira diminuição da oferta, desde o início do ano.
De acordo com Nils Henning, fundador da Casafari, “o mercado imobiliário português tem sido imune à pandemia no que respeita aos preços médios de venda, mostrando sinais de grande estabilidade, com tendência para subir, ao contrário do mercado de arrendamento, cujo preço tem sido bastante afetado pelas alterações estruturais do mercado de arrendamento de curto prazo, bem como pelo impacto noutras áreas económicas do Covid-19. Os dados registados já nos estão a indicar alguns sinais de retoma e o mercado imobiliário português deverá recuperar gradualmente ao longo deste ano”.
O Market Analytics é uma ferramenta que permite desenvolver pesquisas aprofundadas, incluindo análises descritivas de uma propriedade, nova ou usada, para venda ou arrendamento, dados da evolução de preços e mudanças da oferta em diferentes tipos de propriedades e locais, podendo compará-la com outras propriedades na mesma localidade, e produzir relatórios gráficos detalhados com toda a informação relevante de uma propriedade, uma rua, uma freguesia, concelho ou uma visão global do país inteiro.
Esta análise é efectuada de forma gráfica e interativa, sendo possível gerar relatórios de mercado e relatórios de avaliação com comparáveis e com toda a informação pesquisada, bem como fazer avaliações reais e fidedignas.
No ano passado, a CASAFARI obteve um financiamento de 5 milhões de euros de um grupo de alguns dos maiores investidores da Europa. O investimento inicial tem o intuito de fazer crescer a equipa, desenvolver mais aplicações e acelerar a expansão para outros mercados europeus. Os investidores que lideraram as rondas foram os fundos de investimento Lakestar e Round Hill Capital.
Sobre CASAFARI:
CASAFARI constrói a base de dados mais completa e limpa do mercado imobiliário no mundo, com aplicações que servem uma variedade de profissionais do setor. A empresa está a desenvolver tecnologia de machine learning aplicada ao mercado imobiliário com extensivas operações de dados para indexar, limpar, classificar e eliminar duplicações de milhões de anúncios de propriedades disponíveis na internet de milhares de sites diferentes, em diferentes línguas, muitas vezes com informação inconsistente, diariamente. Desde o lançamento em 2018, a CASAFARI ganhou como clientes as maiores empresas de Portugal e Espanha, de marcas como a Sotheby’s International Realty, Coldwell Banker, RE/MAX ExpoGroup, Savills,Century 21 Ibéria, Engel & Voelkers, Keller Williams, Kronos, Vanguard Properties, Finsolutia e outros.
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