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Diogo, Inês, Hugo, Francisco, Filipe, Ana Rita e Maria Inês são alguns dos alunos da primeira escola do futuro em Portugal. São do 12.º Ano, da área de Ciências, da Escola Secundária João Gonçalves Zarco em Matosinhos. Falaram connosco depois de fazerem uma visita de estudo ao Pavilhão do Conhecimento em Lisboa, mas não saíram da sala de aula em Matosinhos.
Como? À boleia do 5G e com o recurso à realidade virtual, estes alunos foram pela primeira vez ao Pavilhão do Conhecimento. Com a ajuda de um guia em Lisboa, fizeram uma incursão em tempo real a algumas experiências científicas que se encontram em exposição a mais de 300 quilómetros de distância. Feixes de luz ou a formação de tornados foram algumas das sensações imersivas vividas por estes alunos. “Foi espantoso. É mesmo como se lá estivéssemos. Hoje foi no Pavilhão do Conhecimento, mas podia ser em qualquer lado, até na Lua!”, diz Hugo.
De Matosinhos para o país e para o mundo, com o 5G
À entrada da escola João Gonçalves Zarco, o slogan “Mais de 60 anos a construir futuros” diz muito sobre este estabelecimento de ensino. O seu diretor José Ramos afirma a esse propósito que o “futuro tem que começar na escola, que deve servir os seus desígnios: preparar os alunos, através de inovadores processos de aprendizagem, para o futuro”.
Na mesma linha de inovação, Luísa Salgueiro, presidente agora reeleita da Câmara Municipal de Matosinhos, orgulha-se de ter a primeira cidade do país preparada para a quinta geração de redes móveis. “A partir de Matosinhos para o país, é um orgulho anunciar a primeira escola 5G em Portugal, num concelho preparado para responder aos grandes desafios que a transição digital nos coloca”.
Uma nova realidade na educação em Matosinhos materializada agora pela NOS, que com a escola João Gonçalves Zarco e a parceira tecnológica Ericsson farão acontecer o futuro. No fundo, é fazer desta escola um exemplo para o futuro da educação em Portugal, que começou em Matosinhos e se prepara para chegar a todo o país. Uma educação acessível, a democratização de métodos de ensino e a desmaterialização de recursos foram os três eixos apontados por Manuel Ramalho Eanes, administrador da NOS, para “preparar os jovens para o amanhã, com soluções necessárias para que se tire o pleno partido do potencial enorme do 5G”. Um percurso que começa com “o papel transformador das redes móveis, com as soluções e recursos de vanguarda e com novas formas de aprendizagem que eliminam as barreiras tradicionais”, diz a presidente executiva da Ericsson Portugal, Sofia Vaz Pires.
O poder do 5G na educação
A pandemia já alterou a maneira como pensávamos a escola, mas o 5G pode alterar o significado de escola para sempre. Mais do que modelos híbridos de aprendizagem, entre aulas presenciais e remotas, o 5G permitirá um sem número de possibilidades, em que apenas a imaginação na sua utilização é o limite. Da realidade virtual à realidade aumentada, do ensino imersivo aos vídeos 3D, da gamificação à sensorização em escala, a escola do futuro vai respirar tecnologia.
O poder da rede da quinta geração pode alterar a forma como professores e alunos interagem entre si e também com os seus materiais de aprendizagem. Visitar o interior de um átomo, fazer uma viagem ao sistema circulatório humano, caminhar pelo meio das pirâmides de Gizé ou participar em projetos de grupo à distância pode parecer tão natural quanto discutir ideias na mesma mesa de trabalho. A resposta quase em tempo real, ou seja, a baixa latência, e a alta largura de banda do 5G abrem a educação ao mundo, tornando realidade aquilo que sempre pensámos como ficção científica.
Como serão as salas de aula do futuro?
Aprender com realidade virtual e realidade aumentada – Com o 5G, os professores podem recorrer a novas formas de ensino, em todas as disciplinas. Com o recurso à realidade virtual e aumentada, as representações realistas e interativas abrem uma nova era nas escolas, a aprendizagem faz-se de uma maneira imediata e também mais lata. Explorar o interior do planeta Terra em realidade virtual, por exemplo, e perceber assim como é composto, poupa muitas páginas de estudo nos manuais escolares e pode gerar uma apropriação e memorização superiores por parte dos alunos. Tal como diz a velha máxima: “conta-me e eu esquecerei, mostra-me e talvez me lembre, envolve-me e recordarei para sempre”
Ter professores em todo o mundo – Esta é uma das razões por que se diz que as escolas se abrirão ao mundo com o 5G. Um professor nativo de inglês, por exemplo, pode dar aulas de inglês para uma plateia mundial de alunos em tempo real, sem quebras de rede e sem paragens. As ferramentas de tradução simultânea tornarão qualquer formador e qualquer conteúdo compreensíveis pelos alunos, não havendo barreiras para o que podem aprender
Conhecer em tempo real – O 5G traz consigo o potencial da Internet das Coisas (IoT) e os seus múltiplos dispositivos conetados que irão impactar o ensino e a aprendizagem. Por exemplo, os sensores inteligentes podem informar diariamente os alunos das condições climáticas, do estado da água ou do ar em diferentes locais do planeta, ao segundo. Ou, por exemplo, uma câmara de vídeo configurada pode mostrar na sala de aula a vivência de um animal no seu habitat natural e fornecer dados nunca vistos sobre o mesmo.
Democratizar o conhecimento e a inclusão digital – Zonas rurais ou mais periféricas assistirão a um momento de viragem com maior acesso remoto ao ensino, mais conteúdos imersivos e muito maior interatividade. Basta uma ligação fiável à internet e equipamentos acessíveis a todos os alunos, para atenuar a exclusão e democratizar o conhecimento.