Quem são os COLETES AMARELOS (Portugal) e o que pretendem?

Coletes Amarelos Portugal
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O Movimento Coletes Amarelos Portugal divulgou um mapa com os pontos de concentração dos protestos desta sexta-feira. Segundo Ana Vieira, porta-voz do grupo, o movimento espera o máximo de pessoas possível, de modo a “amplificar o descontentamento” que considera existir entre a população.

As manifestações a decorrer amanhã dia 21 de dezembro, em vários pontos de país, serão monitorizadas pela PSP e será adotado um dispositivo de segurança adequado a cada uma das ações que venham a decorrer de forma a que o direito de manifestação seja exercido de forma livre e segura. A PSP apela para que ”todos os cidadãos que decidam exercer o seu direito de manifestação, que o façam de forma pacífica e em respeito pela Lei.”

Coletes Amarelos Portugal – Movimento pacifico apartidário de União e apoio a todos os grupos e indivíduos vulgo “colete amarelo” que estejam insatisfeitos com os variados problemas da atualidade.

Coletes Amarelos - mapa com os pontos de concentração dos protestos

Coletes Amarelos Portugal:
quem são, razões do movimento, intenções e objectivos

Numa missiva publicada na sua página de Facebook o Movimento de Coletes Amarelos Portugal apresenta-se e inúmera as suas intenções e objectivos:

“Vimos por este meio explicar quem somos, o que propomos, as razões do movimento, as nossas intenções e objectivos.

Somos um movimento pacífico apartidário, sem fins lucrativos, de União e apoio a todos os grupos e indivíduos vulgo “colete amarelo” que estejam insatisfeitos com os variados problemas da actualidade no nosso país, e que se encontram dispostos a protestar até que os mesmos sejam resolvidos.

De seguida são apresentadas as reivindicações que pretendemos correspondam aos anseios de todos e às necessidades da população.

Vamos tentar ser sucintos e directos.

Atenção: Pretendemos apenas dar voz à insatisfação que temos presenciado e vivido neste país. Não nos cingimos a uma doutrina ou filosofia, mantemos e respeitamos a liberdade cívica individual, estamos sempre cientes que a mesma termina quando começa a do próximo, e que nos importa preservar.

Inspirados pelo movimento de manifestantes em França, nós surgimos do resultado da irresponsabilidade governamental vivida há anos, cujos representantes fizeram o juramento de cuidar do seu povo e da sua Nação e que ao invés o têm levado a um estado de miséria e a debilitar o seu estilo de vida.

Nós somos o cidadão comum de qualquer distrito português.

O que propomos:

  • Acordar e informar toda a população.
  • Capacitar e fornecer apoio à criação de grupos locais e nacionais no sentido de reunir o maior consenso entre os protestantes e agilizar todas as acções.
  • Criar acções de protesto.
  • Mobilizar e unir as vozes dos portugueses e dos seus interesses comuns.
  • Amplificar a voz do povo português e replicar as suas mensagens até serem atendidas as suas exigências e reivindicações.

As nossas razões:

– Insatisfação com as situações descritas a seguir.

As nossas intenções:

  • Pretendemos dar voz aos portugueses de forma unânime e organizada.
  • Queremos um Estado com mais rigor, uma democracia mais transparente na qual possamos confiar e que nos permita viver com melhores condições
  • Não toleramos qualquer tipo de violência, vandalismo ou destruição.
  • Queremos apoiar protestos pacificos sem causar danos pessoais ou a terceiros.
    MCAP – Movimento Coletes Amarelos Portugal[su_spacer][su_spacer][su_spacer]

REIVINDICAÇÕES GERAIS – COLETES AMARELOS PORTUGAL

REDUÇÃO DAS TAXAS E IMPOSTOS

  • Redução do IVA / IRC e concessão de incentivos fiscais e outros para que as micro e pequenas empresas possam pagar, com a correspondente taxação, às grandes empresas e multinacionais, com base na sua margem de lucro;
  • Fim do imposto sobre produtos petrolíferos e redução para metade do IVA sobre combustíveis e gás natural;
  • Redução das taxas sobre a eletricidade, com incidência sobre as taxas de áudio-visual e de emissão de dióxido de carbono;
  • Acabar com as comissões bancárias;
  • Pôr fim à injecção de capital em bancos privados – e exigir que seja reposto o que foi retirado, por quem o fez.

AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL (SMN)

  • Aumento imediato do salário mínimo nacional.

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO

  • Revisão dos valores de subsídio de desemprego/rendimento mínimo/ rendimento de reinserção, passando pela discussão com representantes próximos das populações e que procedam a uma análise rigorosa das necessidades e rendimentos reais.

PENSÕES E REFORMAS

  • Diminuir as disparidades nas pensões de reforma, com especial atenção às pensões mais baixas, que têm que permitir o acesso com dignidade aos bens essenciais e recompensar justamente quem trabalhou e se sacrificou pelo país.
  • Acabar com as reformas milionárias.

ADOPÇÃO IMEDIATA DE MEDIDAS EFECTIVAS DE COMBATE À CORRUPÇÃO NO GOVERNO, NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (DIRETA E INDIRETA), NOS SERVIÇOS PÚBLICOS (CENTRAIS E DESCENTRALIZADOS), NO SECTOR EMPRESARIAL (PÚBLICO E PRIVADO) E SECTOR BANCÁRIO

  • Averiguação imediata, sob escrutínio público, das falsas moradas dos deputados com a obrigação de reembolso, por aqueles que mentiram ou omitiram relativamente aos endereços disponibilizados, dos montantes abonados indevidamente de subsidio de transporte;
  • Averiguação e comunicação imediatas às populações dos gastos de toda a classe política portuguesa.

Alterações no Código Penal:

  • Investigação e punição efectivas de todos os crimes de corrupção, passados e futuros.
  • Responsabilização criminal dos actos de gestão danosa e corrupção, vedando às
    pessoas julgadas e condenadas por corrupção o acesso a cargos políticos e públicos.
  • Criação de unidades especializadas independentes na prevenção, combate e punição efectiva da corrupção.

Alterações na Lei Eleitoral:

  • representantes eleitos por voto directo.
  • redução do número de deputados na Assembleia da República.
  • Reduzir do número de Ministros e Secretários de Estado.
  • Criação de regras explícitas e transparentes acerca dos direitos e deveres dos membros do Governo, da Assembleia da República e de todos os elementos pertencentes às classes políticas.
  • Obrigar à apresentação de contas relativas às despesas com os órgão do Estado, parcerias público-privadas, instituições e todos os organismos que de uma forma ou outra dependem das contribuições dos cidadãos.
  • Reforma para os políticos aos 66 anos de idade como os restante dos portugueses, atento à premissa que “a política não é uma carreira”;
  • Fim imediato/corte das subvenções vitalícias para políticos;

REFORMA NO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE

  • Acabar com a prática antagónica existente entre as necessidades do doente e os lucros da indústria farmacêutica, entre o valor de uso e o valor de troca dos medicamentos, face ao poder de compra dos Portugueses;
  • Impedir/prevenir o enriquecimento pessoal de políticos que servem os interesses da indústria farmacêutica;

Nota: O problema está profundamente enraizado no sistema económico global, que não é mais moral para o medicamento do que o é para o petróleo ou para a indústria cosmética. O problema é o objectivo da obtenção de lucro com a doença ou a saúde das pessoas, o que é profundamente imoral…

E A TODA A POPULAÇÃO PORTUGUESA…

  • Recompensar com justiça todos os trabalhadores que prestam serviços de auxílio às populações.
  • Descentralizar e dotar de infraestruturas adequadas as populações menos favorecidas, e que vivem longe dos centros urbanos.
  • Fornecer serviços de saúde e de educação gratuitos e de qualidade.

REVITALIZAÇÃO DOS SETORES PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO, DESTRUÍDOS PELA
INCOMPETÊNCIA DE SUCESSIVOS GOVERNOS

Relativamente ao setor primário:

  • Criar reais incentivos à exploração de recursos naturais no nosso país, de forma
    sustentável.

A produção e exportação das matérias primas passem a ter um valor agregado, como
ocorre, por exemplo, com os produtos industrializados, com o devido controle da
qualidade de produção, através da exploração de verdadeiros recursos da natureza.

No sector secundário:

  • Fomentar o desenvolvimento e investimento industriais (uma vez mais com impostos que ofereçam essa atractividade).

Direito à habitação e fim da crise imobiliária

  • Acabar com a especulação imobiliária.

Voltamos a salientar que pretendemos amplificar a voz da insatisfação do povo, e que
cada grupo age de forma independente, não apoiamos atos de vandalismo e violência
de qualquer espécie, mas não seremos responsáveis pelos atos de cada individuo.

 

Contactos Movimento Coletes Amarelos Portugal:

MCAP – Movimento Coletes Amarelos Portugal

Pagina facebook:
https://www.facebook.com/Movimento-Coletes-Amarelos-Portugal-2217002275240319/

Grupo Facebook:
https://www.facebook.com/groups/2190731587853250/

Pagina web:
www.coletesamarelos.pt (em criação, esboço)

Email:
[email protected]



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