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Os novos radares vão calcular a velocidade média dos condutores em percursos nunca superiores a 10 quilómetros.
A partir do dia 1 de setembro, de forma faseada, o Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO) duplica a sua capacidade, de 61 para 123 locais de controlo de velocidade, com mais 62 locais. Nesta data entram em funcionamento 37 novos locais de controlo de velocidade, 12 deles com o controlo da velocidade média. Os restantes 25 entrarão em funcionamento em data a anunciar.
O que são Radares de Velocidade Media?
Os radares de velocidade média são uma tecnologia inovadora usada para monitorizar e controlar a velocidade dos veículos, desempenhando um papel fundamental na promoção da segurança rodoviária, incentivando os condutores a respeitar os limites de velocidade estabelecidos e contribuindo para a redução de acidentes.
Variedade de Tipos de Radares de Velocidade
Embora todos tenham o objetivo comum de controlar a velocidade dos veículos, existem distintos tipos de radares de velocidade:
Radares de Velocidade Fixos: Estes radares emitem ondas eletromagnéticas para calcular a velocidade dos veículos. Cada radar é programado para o limite de velocidade da estrada em que se encontra. Assim, o mesmo radar pode ajustar-se a diferentes limites, dependendo da localização.
Radares de Velocidade Móveis: Ao contrário dos fixos, os radares móveis podem ser posicionados em várias localizações. Estes radares podem passar despercebidos aos condutores, uma vez que não são estruturas permanentes.
Radares de Velocidade Média: Esta é a mais recente adição às estradas portuguesas. Estes radares calculam se, em média, os veículos excederam o limite de velocidade permitido entre dois pontos. Os radares de velocidade média permitem reduzir o efeito do travar e acelerar logo de seguida típico nos radares de velocidade instantânea.
Funcionamento dos Radares de Velocidade Média
Ao contrário dos radares tradicionais que medem a velocidade num único ponto, os radares de velocidade média calculam a velocidade média de um veículo ao longo de uma distância específica. Dois pontos são selecionados, geralmente a uma distância de alguns quilómetros, e o tempo que um veículo leva para percorrer essa distância determina a sua velocidade média. Imagine uma estrada com limite de velocidade de 100 km/h. Ao longo da estrada, existem duas câmaras que registam o tempo que um veículo leva para percorrer esse trajeto. Com base no tempo e na distância, calcula-se a velocidade média. Se um veículo completar o trajeto em menos tempo do que o mínimo estabelecido, considera-se que circulou em excesso de velocidade.
Esta abordagem proporciona medições mais precisas e elimina a possibilidade de os condutores diminuírem a velocidade apenas próximo ao radar.
Localização Estratégica
De acordo com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), Portugal terá 12 radares de velocidade média. A localização não será fixa, podendo alternar entre 20 possíveis locais. Estes radares foram selecionados com base na sinistralidade e na velocidade excessiva como causas de acidentes. Embora os locais estejam planeados, a ANSR pode alterar até 30% dos mesmos até ao início da vigência dos contratos.
Os novos radares vão calcular a velocidade média dos condutores em percursos nunca superiores a 10 quilómetros.
Sinalização
Os radares de velocidade média estarão devidamente sinalizados nas estradas, facilitando a sua identificação. Ao contrário dos radares móveis, que podem não estar sinalizados de acordo com a lei, os radares de velocidade média exibirão o sinal de trânsito H42.
É um sinal retangular, com fundo azul, com o dezenho de duas câmaras pretas e duas riscas ao alto brancas. Por baixo, aparece escrito “velocidade média”.
Quais são as coimas a aplicar?
As multas são entre 60 euros e 2.500 euros, valores que o Código da Estrada prevê para o excesso de velocidade.
Localização dos Radares de Velocidade Média
De acordo com as informações avançadas até ao momento, os radares de velocidade média vão estar nas seguintes estradas:
A1 — Mealhada/Anadia (km inicial — 217,400; km final — 211,900; sentido Norte-Sul);
A1 — Santarém (km inicial — 65,180; km final — 59,900; sentido Norte-Sul);
A25 — Águeda (km inicial — 42,469; km final — 37,600; sentido Este-Oeste);
A3 — Braga (km inicial — 38,064; km final — 40,750; sentido Sul-Norte);
A3 — Trofa (km inicial — 16,910; km final — 15,905; sentido Norte-Sul);
A42 — Paços de Ferreira (km inicial — 9,100; km final — 7,000; sentido Este-Oeste);
IC19 — Sintra (km inicial — 8,150; km final — 9,100; sentido Este-Oeste);
IC2 — Loures (km inicial — 9,750; km final — 8,200; sentido Norte-Sul);
EN10 — Montijo (km inicial — 75,710; km final — 79,240; dois sentidos);
EN10 — Vila Franca de Xira (km inicial — 110,710; km final — 115,460; dois sentidos);
EN109 — Figueira da Foz (km inicial — 100,700; km final — 103,000; dois sentidos);
EN211 — Marco de Canavezes (km inicial — 1,390; km final — 5,780; dois sentidos)
Será o distrito do Porto aquele que contará com mais radares de velocidade média, cinco no total. Contudo, para já, apenas os da A3 (Trofa), A42 (Paços de Ferreira) e EN211 (Marco de Canaveses/Penafiel) entrarão em funcionamento.
A listagem dos radares pode ser consultada aqui.
