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Nas últimas semanas tenho escrito sobre alguns dos que considero serem «Símbolos de Leça». Voltarei brevemente a este assunto, mas optei por fazer uma pausa para alertar os leceiros para uma realidade que nos deve chocar a todos.
É compreensível que numa freguesia nem todos os lugares ou ruas tenham o mesmo tratamento. É impossível recorrer «a pronto» a todas as situações e há a necessidade de se definirem prioridades.
Mas já não é compreensível nem aceitável que certas ruas ou lugares tenham privilégios em relação a outros. Quando vemos que certas zonas da freguesia são sistematicamente preteridas em relação a outras, devemos fazer ouvir a nossa indignação.
Já tenho alertado variadas vezes para a discriminação de que são alvos os lugares de Monte Espinho e de Gonçalves, comparativamente com a atenção que é dada outras zonas de Freguesia.
A rua de Camposinhos nada fica a dever a estes lugares no que a abandono diz respeito. Principalmente a parte da rua a nascente do cruzamento com a Avenida Dr. António Macedo (a rua da Exponor). Se a zona poente, entre a Rua Óscar da Silva e a Avenida Dr. António Macedo já não é exemplo, a área a que me refiro é muito pior. Falo de uma rua sem saída, com muros altos (pois temos uma parte que corresponde a «quintas dos lavradores), sem passeios, com deficiente iluminação, praticamente sem espaço para uma inversão de marcha e onde é quase impossível o acesso de uma ambulância em caso de emergência.
Acresce que o vizinho das casas, a AEP (Associação Empresarial de Portugal) não tem o devido cuidado com a limpeza das áreas envolventes às habitações, o que dificulta imenso a vida dos habitantes.
Quem entra nesta rua tem a ideia de que entrou numa qualquer aldeia transmontana e não que se encontra um Leça da Palmeira, aquela terra que é conhecida como sendo um jardim à beira-mar plantado.
Por várias vezes os moradores alertaram os nossos dirigentes autárquicos, mas estes parece que continuam a não saber bem os limites de Leça da Palmeira. Conhecem as zonas do centro da freguesia e não revelam grande preocupação com as áreas menos centrais.
Nem mesmo por ser ano de eleições a situação se alterou. Tivemos mais do mesmo e muitas promessas incumpridas, como é o caso dos passeios na Avenida Dr. Fernando Macedo. A sua construção foi passando de ano para ano, em 2017 apareceu contemplado no Plano de Atividades, mas já estamos à porta do verão e nada. Já se fizeram grandes feiras na Exponor, inclusive o Rally de Portugal e não houve a preocupação em cumprir o prometido. Agora vem o verão e nada se faz porque grande parte das pessoas estão de férias e quando estas acabarem vêm as eleições que são no início de outubro.
Neste caso concreto da rua de Camposinhos a última desculpa parece é a criação de um hotel, previsto para daqui a 3 anos. É o que se designa empurrar o problema com a barriga.
Até à próxima semana.
Saudações leceiras
Joaquim Monteiro
Caro Raimundo
Sou natural de Leça da Palmeira e adoro Trás-os-Montes. Não pretendi ofender as gentes de Trás-os-Montes e apenas referi esta parte de Portugal por ser uma das áreas do país vitimas de deserticação, provocada pelas orientações políticas dos nossos sucessivos governos e não por vontade própria das pessoas.Como falei em Trás-os-Montes poderia ter referido Alentejo ou Beira interior.
Creio que o essencial do artigo é claro, mas mesmo assim agradeço o reparo e no futuro terei mais cuidado com as comparações que efetuar.
E como os leceiros são civilizados e primam pela urbanidade, peço desculpa se ofendi algum transmontano com as comparações que efetuei.
Sou nascido, criado e vivido em Leça da Palmeira e não tenho sobre a minha terra qualquer perspectiva chauvinista. Assim, quando neste artigo de opinião o autor compara uma rua da nossa terra votada ao desmazelo pela autarquia, com uma rua de qualquer aldeia transmontana, não sei a que aldeia o autor se refere, não sei se ele está a par do desenvolvimento das aldeias de Trás-os-Montes, nem sei há quanto tempo ele não visita Trás-os-Montes, nem tão pouco sei o que tem Trás-os-Montes que ser a expiação da incompetência dos edis da nossa terra. Sei isso sim, que se o autor é natural de Leça da Palmeira, deve por questão de demonstrar que as gentes de Leça são civilizadas, retratar-se e apresentar desculpas pela bacorada, porque se eu fosse Transmontano, teria seguramente um par de coisas para atirar à cara do escriba.
No lado oposto a estas fotos também na rua de Camposinhos em frente á rampa da Santana também continua ao abandono o piso está degradado, para circular com uma cadeira de rodas tem que ser pelo meio da rua com o piso irregular e cheio de buracos porque os passeios também se encontram degradados,depois de vários alertas a junta de freguesia continua a fazer ouvidos de mercador